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Separar tampinhas é a nova função de alguns polícias, até nas folgas

Vários polícias de Lisboa estão a ser escalados para… separarem tampinhas. Nem que para tal tenham de cancelar folgas. A ordem tem “um pressuposto altruísta”, explica a PSP: construir uma bandeira de Portugal, com 10 milhões de tampas, para bater o recorde do Guiness.

Vários agentes da PSP na zona de Lisboa foram escalados para se apresentarem num armazém e, de entre 20 toneladas de tampinhas, separarem as verdes e as vermelhas.

A finalidade já tinha sido anunciada no início deste mês pelo Comando Metropolitano de Lisboa (COMETLIS): construir uma bandeira de Portugal com 10 milhões de tampas, a 10 de junho, para bater o recorde do Guiness.

Só que, para o projeto ficar concluído a tempo, várias dezenas de polícias (o I avança que são quase 30) foram escalados para a função, incluindo agentes que deviam estar a realizar ações de patrulha.

Entre os operacionais escalados há, segundo o Sindicato Unificado da Polícia (SUP), polícias que deveriam estar de folga, mas foram obrigados a abdicar do descanso.

“Verificamos que, nesta época em que vamos ter a final da ‘Champions’, em Lisboa, as eleições e a realização do Rock in Rio, foram cortadas as folgas a todo o efetivo e depois verificamos que foram escalados para este tipo de serviço”, criticou Peixoto Rodrigues, presidente do SUP.

O dirigente insistiu que “separar tampinhas não faz parte das áreas funcionais da polícia” e alertou para as consequências de “desviar elementos da área operacional”.

“Ainda ontem se apresentou uma nova imagem da PSP ao público”, numa referência às novas fardas, “mas internamente continuam a passar-se situações deste género”, concluiu.

O sentimento de “indignação” e “revolta” atingiu em especial os agentes da Equipa de Intervenção Rápida, que estão escalados para, ao longo do fim de semana, assegurarem a segurança durante a final da Liga dos Campeões.

“Não puderam estar com as suas famílias e vão ter de trabalhar quase duas semanas seguidas, sem direito a folgar, para separar tampas”, queixou-se um polícia que o I cita sem identificar.

De acordo com a TSF, a ordem partiu do comandante da 2.ª divisão da PSP de Lisboa, através de email, que escalou agentes da Equipa de Intervenção da Rápida e quatro polícias de cada esquadra da divisão.

Durante dois turnos por dia, os polícias foram colocados num armazem a separar as tampinhas.

De acordo com a Direção Nacional da PSP, citada pelo I, a iniciativa é “promovida pela 2.ª divisão e tem um pressuposto altruísta”.

Para além de bater o recorde do Guiness, a ‘bandeira da Esperança’ servirá para apoir a Selecção Nacional de futebol e instituições de solidariedade social.

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