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Sensor danificado na origem do incidente com nave Soyuz

Um sensor danificado durante a montagem está na origem do incidente do passado dia 11, que impediu o lançamento de uma nave, informaram hoje membros da comissão de investigação ao caso, em conferência de imprensa.

“Ficou demonstrado e confirmado por documentos que a culpa foi desse sensor e esta [deformação do sensor] só pode ter sido provocada durante a montagem no cosmódromo de Baikonur”, segundo Nikolái Sevastiánov, da comissão.

Sevastiánov, diretor do TsNIIMash, centro de investigação da indústria espacial russa, explicou que o sensor defeituoso, impediu a abertura de uma tampa e o lançamento da nave espacial Soyuz.

“Excluímos também que o sensor possa ter-se danificado ao cair. Foi estabelecido, sem sombra de dúvida, que o único local onde possa ter ocorrido foi durante a montagem em Baikonur [no Casaquistão]”, segundo a mesma fonte.

O subdiretor de Roscosmos, a agência espacial russa, Alaxandr Lopatin, notou não ser responsabilidade da comissão apontar responsabilidades pessoais neste caso.

“De esses aspetos ocupam-se os respetivos órgãos judiciais (…). Nós examinamos o lado técnico da avaria, mas naturalmente, cada avaria tem um nome e apelido”, respondeu Lopatin à questão sobre se foi identificado o responsável.

Dois foguetes montados da mesma forma serão desmontados e examinados.

No passado dia 11, a nave espacial Soyuz MS-10, com dois tripulantes a bordo, foi obrigada a aterrar de emergência, tendo na altura sido apontada uma falha no motor.

A Soyuz transportava o cosmonauta russo Alexei Ovchinin e o astronauta norte-americano da NASA, Nick Hague.

“Os dois astronautas estão vivos e devem aterrar no Cazaquistão”, transmitia a estação de televisão Rossiya 24 minutos antes da aterragem da nave espacial no cosmódromo russo de Baikonur, em território cazaque.

A nave devia transportar os dois tripulantes para a Estação Espacial Internacional onde permaneceriam durante seis meses.

De acordo com os planos estava previsto que a nave viesse a cumprir quatro voltas à terra para seis horas depois acoplar na Estação Espacial Internacional.

Na Estação Espacial Internacional encontram-se, desde junho, os membros da Missão 57, o comandante Alexander Gerst da Agência Espacial Europeia, a piloto da NASA, Serena Auñon-Chancellor e o piloto da Roscosmos Serguei Prokópiev.

Lusa

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