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“Sem as universidades”, a preparar a greve, “o futuro do País será muito mais sombrio”

antonio rendasAs consequências “nefastas”, com efeitos “imprevisíveis e irreversíveis”, dos cortes no ensino superior levam os reitores a admitir que as universidades podem avançar para uma greve. E, sem estas instituições, “o futuro do País será muito mais sombrio”, alerta António Rendas.

Greve? As universidades públicas querem negociar com o Governo a dotação para o ensino superior em sede de Orçamento de Estado (OE) para 2013, mas nem da tutela, nem das Finanças tem havido respostas. A confirmar-se o corte anunciado de dez por cento, os reitores admitem que o funcionamento das universidades ficará comprometido, pelo que não descartam qualquer medida que sirva para chamar a atenção, como a greve.

“Sem as universidades, o futuro do País será muito mais sombrio”, advertiu o presidente do Conselho de Reitores (CRUP), António Rendas. A ser aprovado, o corte previsto em OE terá “consequências nefastas” e efeitos “imprevisíveis e irreversíveis” no funcionamento das instituições, antecipou o também reitor da Universidade Nova de Lisboa.

Lembrando que as universidades “sempre viveram abaixo das possibilidades”, Rendas historiou os 144 milhões de euros já cortados no financiamento entre 2005 e 2012, sustentando que o corte previsto no OE vai elevar o somatório aos 200 milhões de euros.

Daí que todas as formas de chamar a atenção do Governo são uma hipótese, incluindo uma greve: “temos de fazer as coisas passo a passo. Vamos verificar o que vamos discutir, mas estamos disponíveis com certeza para analisar as propostas. Começaremos por informar a comunidade académica e depois informaremos a comunicação social”.

Um primeiro passo seria anular o aumento previsto de cinco por cento nos encargos com a Caixa Geral de Aposentações. “Será um passo importante”, admitiu o ‘reitor dos reitores’, mas só “uma avaliação das consequências” de cada medida prevista para o ensino superior permitirá fazer avançar as negociações sem compromenter o funcionamento das universidades.

A declaração conjunta pode ser consultada aqui.

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