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Sem-abrigo: São mais e com um padrão diferente, alerta a Misericórdia

Os sem-abrigo em Lisboa são mais numerosos e com caraterísticas diferentes. “A realidade está a mudar”, alerta Rita Valadas, da Santa Casa da Misericórdia, salientando que é necessário “olhar esta realidade e as soluções de forma diferente”.

Quantos são e como são os sem-abrigo em Lisboa? “A realidade está a mudar”, alerta quem lida com eles: são cada vez mais, mais jovens e em casal. “Não nos podemos sentar confortavelmente a achar que as soluções que hoje todos nós estamos a providenciar a esta população servem, porque senão eles não vinham para a rua”, afirmou Rita Valadas, diretora da ação social da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML).

O alerta foi deixado na conferência promovida pela SCML para anunciar a iniciativa de contagem e mapeamento da população sem-abrigo na cidade de Lisboa, que começou ontem à noite e termina hoje. “Nunca foi feito um levantamento correto”, pelo que não é possível ter dados de controlo ou traçar uma evolução, complementou.

“Temos a convicção de que a realidade está a mudar”, explicou Rita Valadas: “estão a aparecer pessoas na rua que descaracterizam o padrão da população sem-abrigo. Antes dizíamos que era homem, 55 anos, desfiliado e com problemas de saúde mental ou dependências. Hoje, já encontramos população muito jovem e alguns casais e isso significa que temos de olhar esta realidade e as soluções de forma diferente”.

Como não há mapeamento desta população, as convicções baseiam-se nos dados recolhidos por quem trabalha na ruas.  “Não diria que o número tem vindo a crescer”, salientou João Marrana, coordenador do programa Inter-Gerações da SCML, “diria que a tipologia das pessoas que se encontram a viver na rua tem vindo a mudar”.

Os dois responsáveis acreditam que em janeiro, quando forem revelados os dados do mapeamento em curso, será possível acompanhar melhor os sem-abrigo. “Vai servir para conhecer a realidade em número e em espécie”, frisou Rita Valadas, continuando: “depois temos de juntar as instituições para trabalharem em conjunto e tentarmos realmente acudir a estas pessoas que são o mais frágil e o limite da sociedade”.

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