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Seleção de motonáutica da Fórmula Futuro prepara ‘Mundial’

Entrou em estágio a seleção nacional de Fórmula Futuro que vai participar no próximo Campeonato do Mundo da categoria, que terá lugar no Abu Dhabi em novembro.

Liderada agora por Paulo Ferreira, a Federação Portuguesa de Motonáutica (FPM) fez uma grande aposta naquela que se afirma como a grande disciplina de iniciação na modalidade, e que estava ‘desativada’ há mais de um ano.

Foto: J. Amândio Santos

Grande ‘bandeira’ quando o novo presidente assumiu os destinos da FPM, a Fórmula Futuro destina-se a jovens talentos que mais tarde querem seguir, se possível, os passos de Duarte Benavente, que é atualmente o único piloto português profissional da modalidade e o único representante luso da F1 H2O – a categoria topo da motonáutica.

Liderados pelo selecionador Vitor Neves, os nove convocados presentes no estágio de Entre-os-Rios são o primeiro grupo de jovens do qual sairão os atletas que dentro de três meses se deslocarão aos Emirados Árabes Unidos para representarem Portugal no ‘Mundial’.

Foto: João Raposo

“Depois da paragem que existiu no ano passado, sem nenhuma atividade da Fórmula Futuro, esta convocatória foi uma aposta para retomar a disciplina. Voltar a fazer provas do campeonato nacional e ir ao campeonato do Mundo, a que fomos desde 2002. Depois desta paragem tive de me socorrer de atletas que já tinham alguma experiência e alguns novos da Figueira da Foz, até como um reconhecimento que tem feito aquela que é a única escola destinada à Fórmula Futuro. E destes vou ver quem vou levar ao Campeonato do Mundo”, explica o selecionador.

Relativamente a resultados, o homem que lidera a seleção chama a atenção que ainda está numa fase de escolha da equipa para o ‘Mundial’: “As nossas expetativas são o de fazer o melhor possível. O grupo que irá aos Emirados Árabes ainda não está definido dos oito atletas que estou a observar aqui, por isso é cedo para falar que tipo de resultados pretendemos. Portugal sempre foi uma equipa que esteve sempre no top seis. Batemo-nos entre as grandes potências da Fórmula Futuro, que são a Alemanha e a Rússia. E há três anos na Alemanha ficamos em terceiro lugar, só com russos e alemães à nossa frente. Neste grupo alguns são pilotos dessa altura. Temos um Campeão da Europa, temos um Vice-campeão da Europa. As expetativas são boas, o ano de paragem que houve é que nos limita muito. Porque formar um atleta depois de um ano parado é complicado, em somente 15 dias de estágio”.

Foto: João Raposo

Vitor Neves destaca que o trabalho implica outras mudanças importantes nos escalões de formação da modalidade: “Todos percebemos que o estes jovens querem é um dia chegar à seleção nacional. A Federação Internacional criou a Fórmula Futuro exatamente para o surgimento de novos pilotos. Rapidamente percebemos que havia a necessidade de uma classe intermédia. Porque os barcos em que poderiam continuar na motonáutica eram muito potentes, e o ‘salto’ da Fórmula Futuro, que termina aos 18 anos de idade, era muito grande”.

“Daí que há alguns anos tenha sido criada uma classe intermédia chamada GT30, que a Federação Portuguesa nunca tinha aproveitado. Isso foi há dez anos. Felizmente, e para grande alegria minha, uma das apostas grandes da nova direção da Federação é trazer para Portugal a GT30, que é o próximo passo que se vai concretizar. Barcos muito interessantes, semelhantes à classe seguinte mas com menor potência – os outros têm 70 cv estes têm 30 cv. São mais adequados aos jovens, sendo que podem começar a correr naqueles barcos a partir dos 14 anos. Qualquer destes miudos pode entrar na GT30 e continuar na Fórmula Futuro até aos 18”, adianta o selecionador nacional.

 Foto: J. Amândio Santos

Duarte Benavente ‘padrinho’ da seleção

A deslocação de Duarte Benavente a Entre-os-Rios é um sinal de apoio do maior piloto de sempre da motonáutuca portuguesa a esta seleção nacional de Fórmula Futuro: “É uma espécie de padrinho. Até porque o Duarte, juntamente com o presidente da Federação, foi um dos impulsionadores para a vinda da GT30 para Portugal. Em relação a este grupo de atletas a experiência de Benavente, com o que representa para a motonáutica nacional, vem trazer o seu exemplo e transmitir a estes miúdos que nem sempre se pode ganhar embora o objetivo seja sempre o mesmo; que é ganhar”.

A par com a ‘reativação’ da seleção nacional de Fórmula Futuro a aposta da Federação Portuguesa de Motonáutica passa pelo regresso de mais pólos de formação da modalidade, com mais escolas que sigam o exemplo da iniciativa atualmente existente na Figueira da Foz.

“Temos barcos que emprestamos aos clubes com esse objetivo. São da Federação e não têm sido utilizados. A Figueira da Foz é uma exceção e este ano de paragem não alterou o trabalho que fizeram, pois tem alguém, que é Miguel Amaral, que não deixou que a atividade parasse por ali. Há esperança de novas escolas noutros pontos do país, inclusivamente retomando algumas que já estiveram a funcionar”, salienta ainda Vítor Neves.

Foto: J. Amândio Santos

Fórmula Futuro é aposta do presidente da Federação

Paulo Ferreira é a ‘cara’ da forte aposta da Federação Portuguesa de Motonáutica na Fórmula Futuro. Um presidente com a aposta clara na formação, pois, segundo diz, “é fundamental para garantir o futuro” da modalidade no nosso país.

“Quando em Junho último tomamos posse, este projeto estava parado e retomar com força renovada foi uma das nossas primeiras medidas, dando assim seguimento a uma das promessas eleitorais. Aliás, a aposta na formação é o cerne da nossa estratégia e temos já algum trabalho feito, não só na Formula Futuro, mas também no Aquabike, apoiando com material e meios logísticos escolas existentes, sendo ainda nossa estratégia promover a criação de novas escolas de todas as modalidades tuteladas pela FPM, de norte a sul do país e nas ilhas”, assume Paulo Ferreira.

Quanto à Fórmula Futuro, o líder da FPM destaca “o entusiasmo que sinto por parte dos jovens convocados para este estágio e a seriedade do trabalho que os elementos da direção técnica da nossa seleção estão a realizar, que nos dão garantias de que teremos uma participação positiva no Mundial e, ainda mais importante do que isso, que temos o futuro da motonáutica em construção e com capacidade para vir a potenciar o sucesso desta modalidade”.

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