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“Sejamos claros, o que estamos a ver é absolutamente inaceitável”, diz Guterres

O secretário-geral da ONU, António Guterres, denunciou hoje o regresso das hostilidades na Líbia e as reiteradas violações do embargo às armas, afirmando que o que está a acontecer naquele país é “um escândalo”.

“Sejamos claros, o que estamos a ver é absolutamente inaceitável”, declarou Guterres, numa conferência de imprensa na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.

O secretário-geral apontou que o embargo às armas que pesa sobre a Líbia “continua a ser violado”, com aviões a transportarem armas “tanto para Misrata como para Benghazi”, bem como referiu o regresso dos combates ao território líbio após uma breve trégua.

“Mais e mais civis estão a ser atacados. Existem migrantes em situação desesperada e parece que todos os compromissos assumidos foram feitos sem intenção de serem respeitados”, prosseguiu António Guterres, numa referência aos princípios acordados numa cimeira internacional, realizada em janeiro último em Berlim, para tentar acabar com o conflito civil líbio.

Na capital alemã, o Governo de Acordo Nacional (GNA), liderado por Fayez al-Sarraj e reconhecido pela ONU, e o Exército Nacional Líbio, chefiado pelo marechal Khalifa Haftar, o homem forte do leste líbio, acordaram uma trégua impulsionada pelos respetivos aliados, Turquia e Rússia.

O cessar-fogo seria, no entanto, violado poucos dias depois.

Ainda em janeiro, a missão da ONU na Líbia denunciou e lamentou “profundamente as violações flagrantes e persistentes do embargo às armas”, apesar dos compromissos assumidos em Berlim.

Nos últimos dias, as Nações Unidas lançaram novas denúncias e indicaram que mercenários e armas fornecidas por diferentes países às duas fações do conflito líbio continuavam a chegar ao país, em violação do embargo decretado, em 2011, pelo Conselho de Segurança.

A Líbia é um país imerso num caos político e securitário desde a queda do regime de Muammar Kadhafi em 2011 e tornou-se num terreno fértil para as redes de tráfico ilegal de migrantes e situações de sequestro, tortura e violações.

A situação tornou-se ainda mais crítica desde o início da ofensiva militar das forças do marechal Khalifa Haftar, que avançou em abril de 2019 contra Tripoli, a sede do Governo de Acordo Nacional líbio estabelecido em 2015.

Desde o início da ofensiva das tropas de Haftar sobre Tripoli foram mortos mais de 280 civis e cerca de 2.000 combatentes, segundo a ONU. Perto de 150.000 líbios foram deslocados.

Redação

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