Pesquisas publicadas entre 1966 e 1970 comprovaram que o LSD é eficaz no combate ao alcoolismo. Esta droga passou a ser ilegal e os trabalhos foram arquivados, até que dois investigadores decidiram regressar ao passado e mostrar que a dietilamida do ácido lisérgico (LSD) traz benefícios para quem padece de dependência bebidas alcoólicas.
A cura do alcoolismo tem sido uma das mais difíceis batalhas de quem padece do problema e dos clínicos que tentam evitá-lo. A resposta para todas as questões pode estar arquivada desde 1966 e 1970, datas em que foram publicados seis trabalhos de investigação que provam efeitos positivos do LSD no tratamento da dependência do álcool.
Dois investigadores – Teri Krebs, de uma universidade norueguesa, e Pal-Orjan Johansen, de uma escola médica de Harvard (EUA) – foram a esses arquivos, recolheram informações e fizeram um novo estudo, agora publicado no Journal of Psychopharmacology.
A partir da teoria defendida quer nessas pesquisas da década de 60 e de convicções de outros médicos, reiteraram a ideia de que a dietilamida do ácido lisérgico, LSD, pode ser útil no combate à dependência do álcool, prevenindo até eventuais recaídas por parte dos alcoólicos em recuperação.
Os investigadores acreditam que existem outros estudos, mas recorreram a seis que analisaram seis pessoas que tinham em comum o problema do alcoolismo e a tentativa de recuperação. A amostra incluía 536 adultos, sendo que 61 por cento tomou LSD uma vez (uma dose de 500 microgramas). Os restantes 39 por cento serviram apenas para estabelecer comparações.
No grupo de alcoólicos que tomaram LSD, verificou-se uma redução do consumo de álcool em 59 por cento, sendo que essa redução foi prolongada. No que diz respeito aos 39 por cento que não consumiram LSD, a diminuição do consumo foi muito menor: 38 por cento.
As conclusões são “claras e consistentes”, segundo refere Teri Krebs à Nature. Refira-se que na década de 50 diversas pesquisas apontavam esta droga como fundamental no tratamento do alcoolismo.
