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Seis anos de prisão para José Maria Salvado, ex-presidente que lesou o Estrela da Amadora

O Juízo Central Criminal de Lisboa condenou José Maria Salvado, antigo presidente do Estrela da Amadora, a seis anos e três meses de prisão. O ex-dirigente foi sentenciado por um crime de peculato e um de falsificação de documentos, ambos cometidos ao ‘serviço’ do clube.

Segundo revelou a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, o arguido foi condenado à pena única por, como presidente do Estrela da Amadora, ter-se apropriado-se indevidamente de 1.794.308,68 euros entre 1999 e 2001, causando ao clube um prejuízo de valor semelhante.

O acórdão, que terá data de 19 de junho, ainda não transitou em julgado.

José Maria Salvado, que liderou o Estrela entre 1996 e 2002, tinha sido absolvido em primeira instância do crime de apropriação indevida dos quase 1,8 milhões de euros, mas acabara condenado pela falsificação de documento, crime cometido no início de 2012.

À data, o tribunal condenou-o a dois anos de prisão, com pena suspensa por igual período, pelo crime de falsificação de documento, dando como provado que o dirigente tinha forjado recibos referentes a contratações de jogadores, hipoteticamente com ‘terceiros’.

O dinheiro desviado, segundo a acusação, seria movimentado através de uma conta-corrente, na qual foram creditados montantes por “supostos empréstimos” para a contratação de jogadores.

A 31 de dezembro de 2002, ainda segundo a acusação, “deveria estar inscrito na referida conta-corrente não um saldo de 1.257.539 euros a favor do arguido, mas sim um saldo de, pelo menos, 1.794.308,68 a favor do Estrela”.

À data dessa condenação em primeira instância, em 2012, a advogada oficiosa de José Maria Salvado adiantou que a contabilidade paralela “era uma prática comum nos clubes na altura”, embora negando que tivesse como intuito “fugir ao fisco”.

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