António José Seguro, secretário-geral do PS escreveu no Facebook que o primeiro-ministro Pedro Passos recuou na Taxa Social Única (TSU) porque o “país se opôs” a uma medida “indigna”. Seguro diz que as pessoas veem Passos “cada vez mais isolado”.
O secretário-geral do PS usou as redes sociais para comentar as declarações de ontem do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, que lamentou a incompreensão na Taxa Social Única, atribuindo-a a questões ideológicas. Para António José Seguro, o recuo do primeiro-ministro sucede em virtude da compreensão de que a medida era “indigna”.
António José Seguro não compreende que o chefe de Governo se sinta incompreendido, uma vez que, segundo defende Seguro, Passos está, aos olhos dos portugueses “cada vez mais isolado e distante”.
“Está claro que o primeiro-ministro só deixou cair a sua proposta de aumento da TSU porque o país se colocou à sua frente e não por ter compreendido que é indigno e imoral transferir rendimentos do trabalho para financiar as empresas”, realça o socialista.
Para o primeiro-ministro, acrescenta Seguro, “os ´beneficiários` da sua proposta [relativa À TSU] tinham a estrita obrigação de o apoiar”. E “terá sido assim que o primeiro-ministro terá pensando, antes de anunciar a medida da TSU ao país e, mesmo depois de ter sido obrigado a fazer marcha-atrás, não esconde o seu desapontamento”, escreve o secretário-geral do PS.
Nesta sexta-feira, António José Seguro desloca-se a Bruxelas, onde reunirá, ao final da tarde, com líderes socialistas de Espanha, Itália e Grécia. O objetivo deste encontro é concertar estratégias, no combate à crise económica comum a todos estes países.
Entre hoje e amanhã, decorre o IX Congresso do Partido Socialista Europeu, também em Bruxelas, sob a temática “Unidos por uma Europa de que Precisamos”.
