Segurança que terá agredido colombiana “já não está ao serviço da STCP”

O segurança da empresa 2045 ao serviço da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) que alegadamente agrediu uma jovem de ascendência colombiana já “não está ao serviço da STCP”, disse à Lusa fonte da empresa.

De acordo com a fonte, o funcionário da 2045 não exercerá funções na STCP enquanto decorrer o processo interno de averiguações ao que se passou no passado domingo, na noite de São João.

Nicol Quinayas, de 21 anos, nascida em Portugal, mas de ascendência colombiana, alega ter sido violentamente agredida e insultada na madrugada de domingo, no Porto, por um segurança da empresa 2045 a exercer funções de fiscalização para a empresa STCP.

Depois de o caso se ter tornado público, inicialmente pelas redes sociais e depois pelos jornais, a SOS Racismo condenou a agressão à jovem Nicol Quinayas, que reside em Gondomar, no distrito do Porto.

Segundo uma fonte da PSP do Porto contacta pela agência Lusa, a jovem “apresentou queixa por agressão ocorrida na noite de São João”, no momento em que “aguardava na fila para entrar num autocarro da STCP”.

Já a empresa de segurança privada 2045 revelou ter iniciado um processo de averiguações interno relacionado com a agressão.

Em comunicado, a 2045 confirmou a “ocorrência na [empresa] STCP do Porto, na noite de São João, pelas 05:30/06:00”, e acrescenta que esta “foi comunicada à PSP, que esteve presente no local”.

Sem nunca mencionar a acusação de “motivações racistas” avançada pela agredida, a 2045 refere, no entanto, ter “cerca de 3.000 funcionários, entre vigilantes e colaboradores da estrutura”, que incluem “elementos de várias etnias”, assegurando não haver “qualquer tipo de descriminação de nacionalidade, religião, raça ou género”.

A Lusa voltou a contactar a empresa 2045 para saber se já haveria resultados da averiguação, mas até o momento ainda não obteve resposta.

A Inspeção Geral da Administração Interna abriu um processo para esclarecer o caso junto da PSP e, em nota enviada às redações, o Ministério da Administração Interna (MAI) diz que o ministro Eduardo Cabrita “não tolerará fenómenos de violência nem manifestações de cariz racista ou xenófobo”.

“Na sequência das questões suscitadas hoje por vários partidos parlamentares, relativas a uma ocorrência envolvendo uma cidadã colombiana no Porto, o Ministério da Administração Interna informa que, através da Inspeção Geral da Administração Interna, foi aberto um processo administrativo, que visa o esclarecimento da situação junto da Polícia de Segurança Pública”, refere a nota do MAI.

A gestão da STCP foi entregue à Área Metropolitana do Porto e às autarquias que hoje exploram a empresa.

Lusa

Partilhar
Publicado por
Lusa

Artigos relacionados

Ciberataques ao setor financeiro aumentaram 53% devido ao aumento dos serviços bancários online

O relatório Threat Landscape Report, da S21sec, garante que os atacantes adaptaram as suas técnicas…

há % dias

Números do Euromilhões de hoje: Chave de terça-feira, 30 de abril de 2024

Conheça os resultados do sorteio do Euromilhões. Veja os números do Euromilhões de 30 de…

há % dias

Pilates na Ortopedia

Joana Bento Rodrigues - Ortopedista /Membro da Direção da SPOT A modalidade de Pilates foi…

há % dias

Euro Dreams resultados: Chave do EuroDreams de segunda-feira

Euro Dreams Resultados Portugal: A mais recente chave do EuroDreams é revelada hoje. Conheça os…

há % dias

As 4 principais falhas éticas dos líderes que mais prejudicam os trabalhadores

A propósito do Dia do Trabalhador conheça os maiores erros de ética empresarial Quando os…

há % dias

30 de abril, termina a Guerra do Vietname, que durou 16 anos

A Guerra do Vietname terminou a 30 de abril de 1975. Hoje, recorda-se o mais…

há % dias