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Segurança Social tem mais dependentes do que contribuintes

seguranca socialHá mais portugueses a depender de apoio da Segurança Social (4,8 milhões) do que trabalhadores a pagar contribuições (4,5 milhões). Estes números, divulgados hoje pelo Jornal de Notícias, representam os perigos de falência do sistema social, cuja sustentabilidade está em risco.

As contribuições de trabalhadores para a Segurança Social são menores do que os apoios sociais, a desempregados e pensionistas, o que levanta de novo o problema da sustentabilidade do sistema, em Portugal.

De acordo com números divulgados nesta quarta-feira pelo Jornal de Notícias, há 4,5 milhões de portugueses a depender dos apoios da Segurança Social para satisfazer as necessidades básicas de vida. Trata-se, sobretudo, de pensionistas, mas também há cada vez mais desempregados.

E precisamente o aumento do desemprego representa a transição de pessoas que contribuíam para a Segurança Social – com as prestações mensais obrigatórias – para uma situação de necessidade de apoio, aumentando a despesa do sistema de proteção social português.

A população empregada não ultrapassa os 4,5 milhões de pessoas, em Portugal, o que significa que há mais dependentes da Segurança Social.

O atual estado deste sistema de proteção está, desse modo, em risco, sendo que o cenário de insustentabilidade da Segurança Social é cada vez mais uma certeza. O saldo de entrada e saída de receita é negativo: em 2012, a despesa atingiu os 800 milhões de euros e longe vão os tempos em que se verificavam excedentes.

Estima-se que a Segurança Social possa entrar em falência dentro de 25 anos. Além do cenário de desemprego e carência económica agrave a situação, existe outro fenómeno que está a colocar as contas em perigo: o aumento da esperança de vida.

O tempo de pagamento de pensões é cada vez maior. Há cada vez menos contribuintes e cada vez mais população ativa a depender da Segurança Social.

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