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Segurança privada para a PSP vai custar 3,3 milhões ao Estado

PSP

O Estado vai gastar 3,3 milhões de euros por ano para guardar edifícios de cinco organismos públicos, incluindo PSP e SEF. Mas, adianta o I, será uma tarefa para uma empresa de segurança. “É mais uma privatização de um serviço que compete ao Estado”, criticam os sindicatos.

A Polícia de Segurança Pública (PSP) e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) vão ser guardados por… segurança privada.

De acordo com o jornal I, o Ministério da Administração Interna incluiu as duas forças policiais entre os cinco organismos públicos que vão ter os edifícios protegidos por empresas privadas de segurança, ao longo de 2016 e 2017.

Os contratos, assinados na quarta-feira pelo Ministério das Finanças, referem que este serviço vai custar 3,3 milhões de euros.

Para além da PSP e do SEF, as empresas privadas vão ‘policiar’ os edifícios da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), da Autoridade Nacional de Proteção Civil, dos Serviços Sociais da PSP e da Inspeção-Geral da Administração Interna.

Ainda de acordo com o jornal, a fatia de leão vai para a proteção do SEF, com o serviço da Prestibel a custar quase 2,6 milhões de euros.

Trata-se da mesma empresa privada de segurança que não só vigia os detidos nos aeroportos de Lisboa e Porto e uma unidade habitacional no Porto (onde ficam as pessoas à espera de eventual expulsão do país), como o edifício onde se encontra a sede do SEF, em Oeiras.

No mesmo edifício, no Tagus Park, encontra-se também a sede da ANSR, cujas instalações são protegidas por uma outra empresa, num contrato de 200 mil euros, ainda de acordo com o I.

O jornal realçou ter pedido explicações ao gabinete da ministra da Administração Interna, mas não recebeu resposta.

“Não faz sentido”, lamentou Peixoto Rodrigues, presidente do sindicato da PSP, ao comentar o assunto para o mesmo diário.

“É mais uma privatização de um serviço que deveria ser do Estado. O que faria sentido seria o SEF, que até é um órgão de polícia criminal, tratar da sua própria segurança”, reforçou Acácio Pereira, do sindicato dos inspetores do SEF, também ao I.

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