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Secretário-executivo da CPLP considera siituação na Guiné-Bissau “turbulenta e instável”

O secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) considerou hoje, em Lisboa, que há uma situação, “obviamente, turbulenta e instável” na Guiné-Bissau, mas acredita que as eleições presidenciais no país vão realizar-se na data prevista.

“Há muitas especulações e muitos rumores e há uma situação, obviamente, turbulenta e instável”, afirmou o embaixador Francisco Ribeiro Telles, em declarações à Lusa e Rádio Vaticano, à margem de um debate na Sociedade de Geografia sobre o presente e o futuro da CPLP.

O primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, denunciou na segunda-feira à noite, numa publicação na sua página do Facebook, uma tentativa de golpe de Estado para procurar impedir a realização de eleições presidenciais.

Ribeiro Telles considerou que as eleições presidenciais naquele país, marcadas para 24 de novembro, “são complexas, difíceis e exigentes”, mas “serão decisivas para o futuro do país”.

Assim, assegurou que neste ato eleitoral “a CPLP estará presente de uma forma bastante atenta e empenhada”.

Ribeiro Telles apelou ainda “à moderação e à ponderação” para que haja “um clima de paz e estabilidade” que permita que “as eleições decorram com a normalidade possível”.

“É nisso que estou empenhado e é isso que estou convencido que vai acontecer”, afirmou.

O diplomata anunciou hoje que o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros moçambicano Oldemiro Balói vai liderar a missão de observadores da CPLP às eleições presidenciais na Guiné-Bissau.

“Já tínhamos decidido que a CPLP ia ter uma missão de observação eleitoral à Guiné-Bissau e tivermos agora a indicação de que essa missão será chefiada pelo ex-ministro dos Negócios Estrangeiros de Moçambique Oldemiro Balói”, disse Francisco Ribeiro Telles, em declarações aos jornalistas.

No comunicado em que denunciou a alegada tentativa de golpe de Estado, o primeiro-ministro guineense responsabilizou o candidato apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), Umaro Sissoco Embaló, que recusou qualquer responsabilidade afirmando que se trata de “mentira e calúnia”.

O ministro da Presidência do Conselho de Ministros da Guiné-Bissau, Armando Mango, afirmou na terça-feira que o país estava tranquilo e que tudo será feito para que as eleições presidenciais tenham lugar no dia 24 de novembro.

Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Lusa

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Lusa

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