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Secreta dos EUA invade contas de Facebook, Google e Skype em nome da defesa nacional

barack-obama2“Privacidade” é palavra que não consta dos vocabulários da Agência de Segurança Nacional (ASN) e do FBI. Segundo o Washington Post e o The Guardian, os serviços secretos dos EUA têm acesso aos servidores e à troca de informação nas redes sociais, e-mails e noutras plataformas, para defender o país de ameaças. Facebook, Youtube, Microsoft, Google, Apple, Skype e Yahoo estão a ser acompanhados.

As ameaças e atentados terroristas em solo norte-americano levaram a Agência de Segurança Nacional e o Federal Bureau of Investigation (FBI) a tomar medidas que colocam em causa a privacidade de milhões de norte-americanos. Depois de atentados que foram preparados através das redes sociais, os serviços secretos do EUA decidiram tomar medidas.

Os jornais The Guardian e Washington Post revelam que aquela agência está a ‘varrer’ e-mails, diálogos em chats, trocas de informação em redes sociais e em todas as plataformas potencialmente de risco.

Entretanto, o diretor da Agência de Segurança Nacional (ASN), James Clapper, já veio reagir às notícias daqueles jornais. Apesar de sustentar que os artigos “têm imprecisões”, a verdade é que Clapper não desmente esta invasão de privacidade, através do acesso aos servidores onde é feita a partilha de informação.

Quem desmente são os gigantes envolvidos, que negam ter dado acesso aos seus servidores aos serviços secretos norte-americanos. Diferente é a versão de James Clapper.

A ANS estará a usar o PRISM, um programa torna possível vigiar em permanência as trocas de informações entre utilizadores de espaços como Facebook, Youtube, Microsoft, Google, Apple, Skype e Yahoo. O programa nasceu há sete anos, nos últimos tempos da administração Bush. No entanto, Barack Obama não guardou a ferramenta e estará a recorrer à mesma, em nome da segurança nacional.

O The Guardian divulga um documento onde a ASN recebe poderes para aceder a dados de comunicações entre milhões de clientes de uma operadora telefónica.

A ordem judicial tem rubrica de 24 de abril e está a vigorar, até ao dia 19 de julho. Este dado permite perceber desde quando e até quando os norte-americanos vão estar ‘sob escuta’, num caso que suscitou enorme polémica.

Em causa estão milhões de pessoas, que veem cedidas à ASN, sem saber, informações privadas como números contactados, localização de pessoas contactadas e até tempo de chamada. O The Guardian revela, no entanto, que a agência de segurança não acede ao conteúdo dos telefonemas.

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