Economia

Se transferir mil euros os bancos dão alerta de eventual crime

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Qualquer transferência acima dos mil euros será sinal de um eventual crime, como lavagem de dinheiro ou financiamento do terrorismo. As novas regras europeias obrigam os bancos a fiscalizar “com exatidão” quem transfere e quem recebe sempre que o valor for superior a mil euros.

A partir do dia 25, qualquer transferência que passe dos mil euros será considerada suspeita, avança hoje o Diário de Notícias.

Em causa está a prevenção de crimes como o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo, em que as transferências são sempre feitas abaixo do ‘valor de alerta’ para passarem despercebidas.

Segundo uma fonte policial que o DN cita sem identificar, é precisamente por esse motivo que o valor indicado é de mil euros, um montante aparentemente baixo: por exemplo, a propina de um mestrado na Universidade do Porto custa (se paga de uma vez) 1001 euros.

“Nos casos de financiamento do terrorismo essas quantias costumam ser mesmo pequenas, de forma a serem mais dificilmente detetáveis pelas autoridades”, complementou a mesma fonte.

A obrigação dos bancos notificarem os reguladores sempre que uma transferência for superior a mil euros deriva de um novo regulamento europeu, aprovado a 20 de maio pela Comissão Europeia.

Segundo as mesmas regras, cabe aos bancos apurarem “com exatidão” toda a informação referente a quem realiza a transferência e a quem a recebe.

Estas normais europeias surgem cerca de quatro meses depois do escândalo ‘SwissLeaks’, em que a filial suíça do banco HSBC terá ajudado centenas de clientes a esconder milhares de milhões de euros em offshores, incluindo 611 pessoas com ligações a Portugal.

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