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“Se olharmos para os gráficos de hoje parece que nunca tivemos primeira vaga”, diz Medina

O comentador e autarca Fernando Medina comparou os números da atual situação epidemiológica de covid-19 com os da primeira vaga e concluiu que a pandemia é agora “20 vezes” mais grave.

“Estamos a lidar com um fenómeno que é 20 vezes superior, é outra escala. Se olharmos para os gráficos de hoje parece que nunca tivemos primeira vaga”, sustentou Medina, no comentário semanal para a TVI24.

Esta terceira vaga da pandemia “é a tempestade perfeita”, pois resulta da combinação de três vetores: “A forma como vivemos o Natal, o impacto que a variante inglesa (muito mais contagiosa) teve no nosso país e a vaga de frio, particularmente penosa e que carregou nos números”.

“Temos de ter a noção da situação extrema a que o país chegou”, insistiu: “Esta fase da pandemia que estamos a viver mal se compara com a primeira fase. Nunca conhecemos um período tão exigente e tão crítico como este”.

O presidente da Câmara de Lisboa lançou como o exemplo o número de contágios diários, que chegaram a ser 20 vezes superiores aos registados na primeira vaga.

“Quando tivemos o pico [da primeira vaga] estávamos a tratar de 800 infeções diárias, [na terceira vaga] nós chegámos a mais de 16 mil. Não há sistema com capacidade para resistir bem. E agora o sistema está muito mais forte do que estava”, acrescentou.

Face ao agravamento da situação epidemiológica, Portugal voltou a entrar em confinamento, com o primeiro-ministro a admitir, hoje, que o mesmo poderá prolongar-se até meados de março.

“Já são muito claros os resultados do confinamento nos números de novas infeções. Sabemos que há um hiato de tempo até se refletir nos números de internamentos, daqui a umas semanas poderemos ver os efeitos positivos. Estamos agora no caminho da recuperação, os dados são sólidos, é uma questão de semanas até termos uma diminuição de internados e de internados em cuidados intensivos”, concluiu Fernando Medina.

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