Nas Notícias

“Se não for desta, não acredito que se faça um reordenamento florestal”, diz edil de Oleiros

O presidente da Câmara de Oleiros, Fernando Marques Jorge, criticou os apoios públicos a “banqueiros” e “companhias aéreas falidas” quando Portugal necessita, “com urgência”, de um reordenamento florestal.

O comentário do autarca, feito à Renascença, surgiu depois da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) ter confirmado, à mesma rádio, que o incêndio de Proença-a-Nova (que já chegou a Oleiros e a Castelo Branco) é já o maior deste ano.

Estão contabilizados 16 mil hectares ardidos e o fogo, a lavrar desde domingo à tarde, continua por controlar.

“Este é um problema que a Assembleia da República e o Governo têm que legislar com urgência e apoiar estas pessoas. O dinheiro não pode ir só para os banqueiros, não pode ir só para companhias aéreas falidas e tem que ir para onde é necessário”, afirmou o autarca de Oleiros.

Fernando Marques Jorge lembrou ainda o conhecimento específico de João Catarino, secretário de Estado das Florestas, para insistir que não se pode continuar a adiar o reordenamento florestal.

“Neste momento, temos um secretário de Estado das Florestas que, para além da sua formação profissional, tem conhecimento desta zona toda e desta problemática dos incêndios. Se não for desta vez que haja um reordenamento florestal, então já não acredito que se faça”, frisou o edil de Oleiros.

O responsável municipal acrescentou ainda que, no concelho de Oleiros, o incêndio que deflagrou em Proença-a-Nova consumiu  já três casas, todas de segunda habitação, “sendo que duas das quais estavam devolutas”.

“As pessoas vivem muito do pinheiro, da madeira e da resina, mas também há um prejuízo significativo nas hortas”, lembrou ainda o autarca.

Este ano, os incêndios consumiram mais de 51 mil hectares, de acordo com os números mais recentes do Sistema de Informação Europeu para os Fogos Florestais.

Em destaque

Subir