Mário Centeno, o ex-ministro das Finanças que conduziu o processo da venda do Novo Banco ao fundo Lone Star, garantiu que não tem qualquer arrependimento, embora ressalvando que hoje, com “muito mais informação”, poderia ter feito “qualquer coisa diferente”.
“Se eu me arrependi de alguma coisa que tenha feito? A resposta é fácil e é não”, afirmou Mário Centeno, quando questionado sobre a venda do Novo Banco no podcast Política com Palavra, do PS.
Se me disser, com o que eu sei hoje, se eu podia ter feito alguma coisa diferente? A resposta até pode ser sim, eu hoje tenho muito mais informação”, complementou.
Em 2017, “com a informação” disponível e “com as restrições” que condicionavam o processo, “não poderíamos ter feito muito diferente daquilo que fizemos”, insistiu o ex-ministro das Finanças.
“E estudámos todas as alternativas”, acrescentou.
Enquanto aguarda (não oficialmente) para ser nomeado governador do Banco de Portugal, Centeno insistiu na defesa das cativações.
“São apenas uma forma de fazer com que o dinheiro chegue ao fim do mês. Não fui eu que as inventei, nem foi o então secretário de Estado, hoje ministro, que as inventou. Não podíamos correr o risco de ir ao Parlamento a meio do ano e voltar a pedir mais dinheiro”, explicou.
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