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“Se Maddie pode estar viva não se parte para a tese de ‘os pais mataram-na'”, diz Sandra Felgueiras

Sandra Felgueiras assumiu que se sentiu “enganada” por Gonçalo Amaral, quando investigou o desaparecimento de Maddie McCann. “Se há a probabilidade da criança estar viva, não se parte para a tese ‘os pais mataram-na’ e não se procura mais”, criticou.

Um documentário da Netflix reavivou o caso do misterioso desaparecimento de Madeleine McCann, em abril de 2007. À data, Sandra Felgueiras baseou-se em Gonçalo Amaral, então inspetor da Polícia Judiciária, para acompanhar o desenrolar do caso.

Agora, a jornalista da RTP foi ao ‘Cinco para a meia-noite’ dizer que se sente… “enganada”.

“Foi-me contado [por Gonçalo Amaral] que a amostra de sangue encontrada no carro e na sala dos McCann correspondia, sem margem para dúvidas, a Madeleine McCann”, acusou.

As informações que ia recolhendo do inspetor da PJ fizeram Sandra Felgueiras criar “a convicção do envolvimento dos pais”.

“Acreditava piamente em Gonçalo Amaral”, confessou: “Mantive com ele durante vários meses uma relação de fonte e jornalista”.

Uma relação que terminou com o fim do segredo de justiça que mantinha secretos os resultados das análises feitas pelo laboratório de Birmingham.

“O relatório era assustador e dizia assim:  amostra de sangue [do quarto] tem cinco alelos em 20 possíveis e no carro 17 em 20. Contudo, a amostra é tão insignificante e tão ínfima que, aqui no laboratório, existem pelo menos 100 pessoas que têm uma amostra idêntica, o que faz com que esta amostra seja criminalmente irrevelante”, salientou a jornalista da RTP.

Assim, Sandra Felgueiras não sabe se Maddie está viva ou não, mas tem a certeza de que foi “enganada” por Gonçalo Amaral.

“Se há a probabilidade de a criança estar viva, por mais mínima e ínfima que seja, não se parte para a tese ‘os pais mataram-na’ e não se procura mais”, criticou.

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