Economia

“Se é para fazer da TAP um Novo Banco não vale a pena”, diz Rui Moreira

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, continua atento à situação da TAP, defendendo que o Estado só deve meter dinheiro na empresa se esta “obedecer a um desígnio estratégico nacional”.

“Se é para a TAP ser uma microcompanhia pergunto se o país lá pode pôr – não é se deve pôr – mil milhões de euros”, sustentou o autarca, em entrevista à Antena 1.

No entender de Rui Moreira, “a TAP teve sempre o mesmo comportamento”, favorecendo Lisboa em detrimento do resto do país.

“Se vamos pôr dinheiro do contribuinte português é preciso que a TAP obedeça àquilo que é um desígnio estratégico nacional. Se é para salvar uma empresa privada, se é para fazer um Novo Banco não vale a pena”, afirmou.

Na manga, Rui Moreira tem um trunfo: as condições impostas por Bruxelas para autorizar esse eventual auxílio do Estado à companhia aérea.

“A outra questão que é clara é que esta verba que deve ser investida na TAP só faz sentido se a TAP desempenhar funções de promoção económica e turística. Se o fizer, terá que o fazer também no Porto”, exigiu.

Recorde-se que a TAP é gerida pelo operador privado com posição minoritária (45 por cento), com o Estado a deter a maioria do capital (50 por cento), tendo os trabalhadores uma representação ‘simbólica’ (cinco por cento).

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