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Se deixar de fumar evita o envelhecimento precoce do cérebro, revela pesquisa

Ao fumar, acelera o envelhecimento do seu cérebro e perde a capacidade de tomar decisões ou resolver problemas, conclui uma pesquisa da autoria de investigadores da Universidade de Edimburgo, na Escócia, divulgada na Molecular Psychiatry. Se é fumador, saiba também que o cérebro tem capacidade regeneradora, pelo que os danos do tabaco são reversíveis.

Se é fumador, tem mais dois motivos para deixar o tabaco: protege o cérebro e enfrenta menos risco de demência.

Um estudo publicado nesta quarta-feira na revista Molecular Psychiatry associa o hábito de fumar a um processo de envelhecimento do cérebro mais acelerado.

Investigadores da Universidade de Edimburgo, na Escócia, realizaram um estudo, recorrendo a ressonâncias magnéticas de mais de 500 homens e mulheres, com 73 anos de idade média, sendo que metade deles fumava e a outra metade era não-fumadora, ou ex-fumadora.

Deste modo, foi possível estabelecer uma relação entre o hábito de fumar e eventuais danos provocados no cérebro.

E os investigadores detetaram, na análise a essas ressonâncias, que a crosta cerebral dos fumadores perdeu o tamanho original a um ritmo superior ao dos não-fumadores, sobretudo àqueles que nunca experimentaram o tabaco em toda a sua vida.

Depois, o estudo avaliou qual era a área cerebral mais afetada pelo cigarro. E descobriram que era precisamente aquela que estava relacionada com a consciência, a memória, a atenção e a linguagem – as funções mais básicas da mente humana.

Apesar de considerarem que serão necessários outros estudos para comprovar esta teoria, os autores da pesquisa não têm dúvidas em associar o tabagismo àqueles efeitos no cérebro.

“Já eram conhecidos os malefícios do tabaco, quer nos pulmões, quer no coração. Agora, é importante que se perceba que também o cérebro pode sofrer com o tabagismo”, assinala James Goodwin, um dos autores do estudo.

Se os fumadores tinham uma costa cerebral mais encolhida, já os ex-fumadores apresentavam o mesmo problema, mas de forma menos notória.

Mas nem tudo são ‘más notícias’ para quem fuma. É que o córtex tem potencialidade regeneradora, o que significa que a cessação tabágica pode permitir recuperar dos danos provocados pelo tabaco no cérebro.

Assim, sugere James Goodwin, “há mais uma razão para deixar de fumar”. “Parar de fumar é a melhor forma de diminuir riscos de problemas cerebrais como a demência, entre outros”.

A cessação tabágica, durante a meia idade, será uma grande medida de proteção cerebral, concluiu o estudo.

Esta pesquisa é parte de um megaprojeto britânico chamado ‘The Disconnected Mind’, cuja finalidade é investigar de forma aprofundada o cérebro humano.

Redação

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