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Médicos suspendem horas extraordinárias com greve que agita SNS

medico2Serviço Nacional de Saúde agitado. O Sindicato Independente dos Médicos e Federação Nacional dos Médicos garantem que, a partir de 2012, os clínicos vão deixar de cumprir as 12 de horas de serviço a que estão obrigados, além de que farão greve às horas extraordinárias. Movimento de Utentes dos Serviços de Saúde manifesta-se “extremamente preocupado” e teme pela vida de alguns doentes, nas urgências, enquanto o bastonário fala no “colapso do SNS”.

Os médicos estão revoltados com o plano de austeridade e a redução dos salários que o Governo aplicará. Nesse sentido, vão avançar com medidas extremas, que colocarão em causa o bom funcionamento das unidades de saúde. A partir do próximo ano, não cumprirão as horas de serviço, segundo avança a TSF, nem aceitarão horários extraordinários.

As novas regras de pagamento de horas-extra cortam para metade a retribuição paga aos médicos, ao que se junta uma diminuição da remuneração mensal destes profissionais de saúde – medidas inscritas no Orçamento de Estado para 2012. Nesse sentido, o protesto é extremo.

O anúncio desta greve foi feito pelo Sindicato Independente dos Médicos e Federação Nacional dos Médicos e provocou desde logo uma reação dos utentes, que apelidam a decisão de “inadmissível”, por colocar em causa a vida dos doentes dos diversos hospitais.

Os médicos estão indignados e tentam, com esta greve, provocar um recuo do Governo, ameaçando uma paralisação que prejudica o atendimento nos hospitais e pode colocar em risco o tratamento dos pacientes.

Segundo declarações à Lusa de Manuel Villasboas, líder do Movimento de Utentes dos Serviços de Saúde, a falta de “meios humanos” sobretudo nas urgências pode ter efeitos graves, relacionados com “a vida dos utentes”, o que, defende, “é perfeitamente inadmissível”.

Manuel Villasboas teme pelos utentes e entende que esta greve pode gerar “situações complicadas”, com “agravamento de doenças” em pessoas que necessitem de tratamentos que não podem ser suspensos.

“O atendimento sairá prejudicado. Este anúncio de greve deixa o Movimento de Utentes dos Serviços de Saúde “extremamente preocupado”, refere, àquela agência de notícias.

Não obstante discordar desde cenário que se desenha, Villasboas sustenta que se trata de um problema que se previa, em virtude dos sinais manifestados pelos médicos, quando tomaram conhecimento de que o pagamento de salários e horas extraordinárias sofreria reduções.

Manuel Villasboas prevê “pior tratamento e atendimento”, além de uma “acumulação de utentes nas urgências”, caso esta posição de força dos médicos avance, a partir do próximo ano.

Também o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, reagiu ao cenário de greve e receia que a suspensão das horas extraordinárias leve ao “colapso do Serviço Nacional de Saúde”.

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