O ano fica marcado, na saúde, pelo vírus do Ébola, em todo o mundo, e pela bactéria legionella, em Portugal, onde os problemas financeiros, as greves dos profissionais de saúde e as reivindicações contra os cortes foram também um foco de descrença.
Dois mil e catorze fica marcado pelo vírus do Ébola, surto que desde fevereriro já provocou a morte de mais de 5000 pessoas, na África Ocidental, onde eclodiu, e sobretudo na Serra Leoa, Guiné-Conacri e Libéria, países mais afetados.
Esta doença levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a decidir decretar o estado de emergência, a nível internacional, numa altura em que a doença estava em expansão.
Também Portugal acompanhou esta diretiva da OMS e criou a Plataforma de Resposta à Doença por Vírus Ébola, para dar uma resposta a casos de infeção que se verificassem no país.
O objetivo era detetar o vírus de forma precoce, combatê-lo e evitar cadeias de transmissão de Ébola, tal como sucedeu naqueles países africanos.
Foram definidos em Portugal protocolos de atuação, capazes de dar resposta a casos isolados e potenciais surtos.
Curiosamente, outra doença marca o ano em Portugal, país que não registou vítimas de ébola.
Chama-se “legionella”, é em teoria menos grave, mas a verdade é que matou 10 pessoas e provocou mais de 350 casos.
O surto da bactéria colocou o país em alerta, desde o dia 7 de novembro, quando o surto teve origem numa torre de arrefecimento de uma empresa de Vila Franca de Xira.
Assim, o ano de 2014 na área da saúde fica marcado pelo Ébola, pela legionella, pelas restrições financeiras, pelas greves no setor.