Em declarações à Lusa, o bastonário teme que pela qualidade do Serviço Nacional de Saúde, em virtude de um esforço de contenção de despesas que poderá ser exagerado.
José Manuel Silva argumenta que o Ministério da Saúde “está a ir longe de mais”, colocando sobre os ombros dos utentes uma fatura demasiadamente alta.
“Todos devemos colaborar no esforço nacional de contenção de custos, mas consideramos que não pode ser o Serviço Nacional de Saúde e os doentes a pagar a principal fatura da crise”, referiu, à Lusa.
O próprio secretário de Estado da Saúde admite que o Governo tem noção de que reduzir 11 por cento dos custos nos hospitais é uma meta “exigente”. No entanto, segundo Manuel Teixeira, trata-se de um objetivo “possível”.
“Nunca se assistiu a uma diminuição de custos com esta dimensão, no Serviço Nacional de Saúde. No entanto, em situações excecionais devem também ser tomadas medidas com essa grandeza”, afirmou o secretário de Estado.
O Ministério da Saúde definiu como meta uma redução de custos de 11 por cento do total da despesa nos hospitais. Esta meta está muito para além dos cinco por cento definidos no acordo com a troika.
O Governo quer assim aumentar a poupança, conseguindo mais 200 milhões de euros do que fora estabelecido no memorando de entendimento.
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