O São João do Porto é uma festa popular que tem lugar de 23 para 24 de Junho na cidade do Porto. Oficialmente, trata-se de uma festividade católica em que se celebra o nascimento de São João Baptista.
Trata-se de uma festa cheia de tradições, das quais se destacam os alhos-porros, usados para bater nas cabeças das pessoas que passam, os ramos de cidreira (e de limonete), usados pelas mulheres para pôr na cara dos homens que passam, e o lançamento de balões de ar quente. A partir dos anos 70, foram introduzidos os martelos de plásticos que desempenham o mesmo papel do alho-porro.
Existem, ainda, os tradicionais saltos sobre as fogueiras espalhadas pela cidade, normalmente nos bairros mais tradicionais; os vasos de manjericos com versos populares são uma presença constante nesta grande festa e o tradicional fogo-de-artifício à meia-noite, junto ao Rio Douro e à ponte Dom Luís I que faz as delícias dos milhares de residentes e visitantes que chegam de todo o mundo para assistir.
O fogo-de-artifício chega a durar mais de 15 minutos, estando ao nível dos melhores no mundo, e decorre no meio do rio em barcos especialmente preparados, sendo acompanhado por música num espectáculo multimédia muito belo e digno de se ver.
Além de tudo isto, existem vários arraiais populares por toda a cidade do Porto especialmente nos bairros das Fontainhas, Miragaia, Massarelos, entre outros, dando mais animação e brilho durante a noite. Nos arraiais, normalmente, existem concertos com diversos cantores populares acompanhados, quase sempre, por boa comida, em especial, o cabrito assado e mais recentemente grelhados de carnes e também sardinhas. A festa dura até às quatro ou cinco horas da madrugada, quando a maior parte das pessoas regressa a casa. Os mais resistentes, normalmente os mais jovens, percorrem toda a marginal desde a Ribeira até à Foz do Douro onde terminam a noite na praia, aguardando pelo nascer do sol.
Antigamente, antes do 25 de Abril, no dia de São João a Câmara Municipal do Porto reunia-se em Assembleia Magna, que corresponderia à actual Assembleia Municipal, reunião essa realizada no Claustro do Mosteiro de S. Domingos, pelo seu grande espaço, onde se procedia à eleição dos Vereadores e onde se tomavam as decisões mais importantes para a cidade.
Tenho pena que uma festa como a de S. João, do povo para o povo, genuinamente igualitária e democrática, em que todos saem para a rua ricos e pobres, seja aproveitada para se fazer política, no fundo, oferecendo-se às pessoas que vão na rua. O Juca no Porto Canal disse muito bem, “O São João é para as pessoas, não é para os VIPs, é uma festa de cariz popular para todos sem distinção”.
Este ano a CM Porto fez uma excelente programação de concertos culminado com a presença de José Cid. CM Gaia optou por ter uma boa programação, diferente do Porto, mas culminando com a presença de Marisa. Todavia sobressaiu o cariz político, recebeu António Costa numa viragem de 180º. O ano passado recebeu António José Seguro apoiado pela estrutura local do PS. Pedro Santana Lopes apesar de pomposamente anunciado não veio, e fez bem não se meter nesta confusão de políticas socialistas.
Porém o São João está a tornar-se muito político, em que para além de tudo os portuenses podem levar na rua com qualquer tipo de candidato a qualquer coisa. Antes foram os candidatos à CM Porto, agora um candidato a primeiro-ministro.
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