Santuário de Fátima admite despedir até 50 trabalhadores
O plano de reestruturação do Santuário de Fátima admite uma “redução de postos” que pode chegar a 50 dos 308 trabalhadores.
De acordo com a porta-voz do espaço, Carmo Rodeia, a restruturação interna tornou-se necessária face à queda abrupta nas receitas provocada pela pandemia de covid-19.
“Informou-se os trabalhadores da situação e deu-se a possibilidade de refletirem sobre a sua situação contratual de forma voluntária. Por isso é prematuro estarmos a falar em números concretos para a redução de postos, mas no final do processo estamos em crer que não chegará à meia centena”, precisou a porta-voz.
O turismo foi dos setores económicos mais afetados pela pandemia e o Santuário de Fátima registou “uma diminuição muito expressiva do número de peregrinos”, em especial do estrangeiro.
“Entre os dias 13 de março e 30 de maio, o Santuário não teve peregrinos e desde que desconfinámos, retomando as celebrações com a presença de peregrinos, a verdade é que tivemos quebras em junho, julho e agosto nos grupos organizados, sobretudo grupos estrangeiros, superiores a 95 por cento”, referiu Carmo Rodeia.
A porta-voz esclareceu que o plano de reestruturação começou a ganhar forma logo no início da pandemia, quando as restrições levaram ao cancelamento e suspensão de atividades como encontros formativos e retiros.
“De forma responsável e em nome da sustentabilidade do Santuário e para que em nenhum momento possam ficar comprometidas as condições necessárias para o cumprimento da sua missão, que é acolher os peregrinos, o Santuário decidiu implementar este plano de restruturação para garantir a paz social dentro da instituição”, insistiu.
Carmos Rodeia fez questão de salientar o “trabalho inexcedível” dos trabalhadores.
“Foi-lhes apresentada a situação do Santuário, que eles conhecem bem. Aliás, os trabalhadores têm sido inexcedíveis neste período de pandemia na colaboração em serviços que nem são da sua área de trabalho para corresponder às necessidades do Santuário”, comentou.
A porta-voz referiu ainda que “a redução dos postos de trabalho será a menor possível”.
