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Santos reeleito Presidente da Colômbia: “Que ninguém se arrependa, que eu não falhe”

À segunda volta, o Presidente da Colômbia confirmou a reeleição para o cargo. Juan Manuel Santos antecipa as prioridades do mandato: unir o país e manter a paz entre o Governo, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e o Exército de Libertação Nacional.

“Paz, paz, a Colômbia quer paz”, gritavam várias centenas de populares, concentrados à sede de campanha onde o Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, aguardava pelos resultados das eleições presidenciais.

Com 50,94 por cento dos votos, Santos foi reeleito para um mandato de quatro anos. A “paz” manteve-se no discurso, numa Colômbia dividida entre o Governo e as guerrilhas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e Exército de Libertação Nacional (ELN).

“A mensagem de hoje é também para as FARC e para o ELN”, afirmou o Presidente reeleito, frisando no desígnio da paz: “este é o objetivo e precisamos atingi-lo com seriedade. Este é o fim de mais de 50 anos de violência”.

Uma paz que não será obtida à custa da “impunidade”, alertou o chefe de Estado: “esta não será uma paz com impunidade, esta será uma paz justa. Teremos que dar passos difíceis para garantir que não só seja justa, como também duradoura”.

“Passos” que começaram a ser dados em novembro de 2012, quando o Governo começou a negociar com as FARC, que este ano se alargaram às conversações entre o regime e o ELN.

“Estas foram eleições diferentes. O que estava em jogo não era o nome de um candidato, e sim o rumo de um país”, afirmou Santos, referindo-se à campanha de Óscar Iván Zuluaga. O adversário chegou à segunda volta contestando as negociações entre o Governo e as FARC.

Juan Manuel Santos pretende o fim dos conflitos armados no interior da Colômbia e a reparação das vítimas, exigindo das guerrilhas o compromisso de garantir a execução de eventuais acordos de paz.

“Para mim, é um grande desafio. Que em quatro anos ninguém se arrependa de ter votado em mim. Que eu não falhe no compromisso da paz e da justiça social”, concluiu o candidato vencedor, evocando o escritor Gabriel García Márquez: “prometo trabalhar por vocês, pelo país com que sonhou Gabo e com o qual todos nós sonhamos”.

Óscar Zuluaga terminou a segunda volta das presidenciais com 45 por cento dos votos.

A abstenção atingiu os 52 por cento, apesar de ter registado uma queda face à primeira volta.

Na Colômbia, os conflitos armados entre forças da autoridade, guerrilhas, grupos paramilitares e grupos criminosos (especialmente ligados ao tráfico de droga) já resultaram em mais de 220 mil mortos e mais de cinco milhões de deslocados.

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