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Samsung tem na China fornecedores que não cumprem legislação laboral em vigor

samsung-galaxy-s-iiAuditoria da Samsung revela que algumas da empresas fornecedoras na China não cumprem as leis do trabalho. O fabricante de equipamentos tem conhecimento dos abusos sobre trabalhadores chineses, relacionados com excesso de horas de trabalho. Não há casos de exploração de mão de obra infantil, garante a Samsung.

De acordo com a Blomberg, algumas empresas da China fornecedoras da Samsung não respeitam os códigos laborais. A conclusão foi expressa numa auditoria interna da marca de televisões, smartphones e outros equipamentos.

Em causa estão práticas inadequadas por parte de empresas chinesas que têm parcerias com a Samsung. O excesso de carga horária, a que os trabalhadores dessas fábricas são sujeitos, é uma das conclusões da auditoria.

A Samsung descobriu ainda que há empresas que estão a multar os seus trabalhadores, por atrasos na hora de entrada, ou por faltas, o que não está de acordo com as leis laborais chinesas. São mais de cem empresas parceiras do grupo sul-coreano que estão a praticar ilegalidades.

Esta auditoria não detetou, no entanto, uma prática grave como a exploração de mão de obra infantil. Esta conclusão contraria, no entanto, um relatório da autoria da China Labor Watch, um observatório do trabalho na China, que em setembro denunciou que empresas fornecedoras da Samsung estariam a recorrer a mão de obra infantil.

A Samsung “preocupa-se com as condições de trabalho na China”, alega o gigante de tecnologia, que promete agir em consonância caso encontre casos graves de exploração. A empresa poderá pôr termo a acordos de parceria com empresas que não respeitem os direitos dos trabalhadores.

Recorde-se que, recentemente, a Samsung envolvida numa polémica, depois de aquela organização chinesa não governamental ter acusado a empresa de explorar trabalho infantil naquele país asiático.

Em causa estarão, segundo a acusação, situações de funcionários, com menos de 16 anos, que chegam a trabalhar 13 horas por dia, tendo apenas pouco mais de meia hora para descanso. Ainda segundo a China Labor Watch, o vencimento pago a esses jovens é muito inferior ao exigido por lei para um trabalhador normal.

Depois de uma denúncia de casos de trabalho infantil, que partiu de uma organização não-governamental (ONG), a Samsung Electronics decidiu ordenar uma inspeção a cerca de 250 fábricas chinesas suas fornecedoras, que produzem componentes para os smartphones da marca.

Em resposta a suspeitas bem fundamentadas, apresentadas pela China Labour Watch, a Samsung determinou uma inspeção em centenas de empresas suas fornecedoras.

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