Economia

“Salvámos a TAP de uma situação de insolvência”, reage Neeleman

David Neeleman, acionista da TAP, quebrou o silêncio para reagir às críticas do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.

Numa entrevista para um podcast do PS, o ministro afirmou que lhe faz “muita confusão” a forma como o presidente executivo (CEO) da TAP, Antonoaldo Neves, tem abordado a questão do empréstimo que o Estado vai fazer à transportadora”.

“Como se nos estivessem a fazer um favor”, considerou Pedro Nuno Santos, lembrando que a TAP “está de mão estendida” a pedir a ajuda do Estado.

Para o acionista David Neeleman, os privados, que detêm 45 por cento da TAP, estão “disponíveis para aceitar a participação do Estado na Comissão Executiva imediatamente”.

Em causa estão créditos no valor de 217 milhões de euros. Os privados não querem abdicar da verba, enquanto o Governo exige que essas prestações acessórias sejam transformadas antes da viabilização do empréstimo estatal, no valor de 1200 milhões de euros.

“Porque há limites, não posso deixar de rejeitar as declarações sobre o empenho dos privados no futuro da TAP”, reagiu o acionista norte-americano, num texto enviado à Lusa e ao Expresso.

“O nosso empenho é o mesmo de 2015, quando ganhámos a privatização e salvámos a TAP de uma situação de insolvência”, contrapôs Neeleman.

Cinco anos depois, a TAP é, no entender deste acionista privado, “uma companhia renovada, de maior dimensão e preparada para o futuro”.

“Continuamos a acreditar na TAP apesar desta enorme crise que afetou toda a economia e em particular o setor da aviação”, insistiu.

“O nosso foco não é apenas garantir que a TAP sobreviva, mas que recupere a rota de crescimento que vinha percorrendo e que prospere para que possamos cuidar dos nossos trabalhadores e clientes”, finalizou David Neeleman.

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