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“Salvaguardar o interesse nacional acima do encaixe financeiro” nas privatizações é a promessa do Tesouro

maria luis albuquerqueO Tesouro quer dar prioridade ao “interesse nacional” sobre o “encaixe financeiro” com as próximas privatizações. A garantia foi dada por Maria Luís Albuquerque, que salientou a existência de “critérios objetivos e transparentes” para a venda de empresas como a TAP, Caixa e RTP.

A secretária de Estado do Tesouro garantiu ontem, no Parlamento, que o Governo vai dar prioridade ao “interesse público” nos processos de privatizações iminentes, nomeadamente da TAP e da Caixa Geral de Depósitos (enquanto o caso da RTP ainda não é conhecido). “Temos o cuidado de nunca colocar o preço como primeiro e principal objetivo. Em todos os casos há que salvaguardar o interesse nacional acima do encaixe financeiro”, garantiu Maria Luís Albuquerque.

As garantias de Albuquerque surgiram como resposta às críticas de Carlos Zorrinho. O líder parlamentar do PS contestou as privatizações de REN, TAP e EDP por os processos estarem “cheios de opacidade e nebulosas”, deixando também uma promessa: o PS vai opor-se a qualquer privatização a ocorrer com este Governo, com especial relevo para os processos de venda da RTP, da Caixa Geral de Depósitos e da Águas de Portugal.

A governante realçou ainda que todos os processos seguem “critérios objetivos e transparentes”, reforçando a mensagem ao lembrar que a venda das empresas públicas integra o memorando acordado com a Troika. De igual maneira, recordou, o Tesouro cumpriu já 60 por cento do objetivo para 2012 só com as vendas da EDP (à China Three Gorges) e da REN (à State Grid).

Com estas duas operações, o Estado encaixou 3,3 mil milhões de euros, sendo que a meta do Governo para as privatizações até ao final do programa de ajuda financeira, em 2014, é de arrecadar 5,5 mil milhões de euros.

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