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Salgueiro Maia antes de Eusébio no Panteão, a sugestão de Alegre para os 40 anos de ‘Abril’

Manuel Alegre quer Salgueiro Maia no Panteão ainda este ano, quando se celebra o 40.º aniversário do 25 de Abril. Se aceite, a proposta do histórico socialista, uma “homenagem nunca prestada” ao “herói de Abril”, vai colocar o capitão no Panteão ainda antes de Eusébio.

Se há quem defenda que Eusébio deve ir para o Panteão “já”, também há quem apoie outros nomes. Manuel Alegre, histórico socialista e antigo candidato presidencial, referiu ontem o caso de Salgueiro Maia, o “herói e símbolo do 25 de Abril”, tendo por base as celebrações do 40.º aniversário da mudança de regime. Como Eusébio só poderá ser trasladado em 2015, o capitão entraria primeiro no ‘templo dos deuses’.

“No 40.º aniversário do 25 de Abril há uma homenagem que nunca lhe foi prestada. Permitam-me que, daqui de Coimbra, eu lance um apelo a todos os deputados para que aprovem a transladação para o Panteão Nacional de quem já lá devia estar há muito tempo. O herói e símbolo do 25 de Abril, Salgueiro Maia”, afirmou Manuel Alegre, quando discursava numa sessão cívica intitulada “Em defesa da Constituição, da Democracia e do Estado social”, que decorreu na Universidade de Coimbra.

A sugestão da trasladação do ‘capitão de Abril’ foi o ponto mais emocionante da intervenção do histórico socialista, que também apelou ao “regresso da transparência, à reposição do princípio da igualdade entre os estados democráticos e ao restabelecimento do método democrático” na Europa. Caso contrário, alertou, poderá ocorrer um “salto federal”, que seria “uma precipitação, um salto no escuro ou talvez no abismo”.

Sobre Portugal, Alegre defendeu que “a troika é um braço armado do Governo, que tenta demolir o Estado social”, e que só com “eleições antecipadas” se poderia alterar o rumo em curso. “Tudo justificaria a intervenção do Presidente”, reforçou o antigo candidato a Belém, argumentando que “nenhum programa de ajustamento se destina a acertar as contas públicas, mas a empobrecer o país”.

“Não temos ninguém que nos defenda, a não ser a nossa consciência”, face ao “capitalismo sem ética nem regra” e ao Governo que “trata os portugueses como inimigos”, considerou o histórico socialista, defendendo, “mais do que nunca”, o regresso do “risco, coragem e ousadia” à política.

Na sessão cívica, presidida por António Arnaut (o fundador do Serviço Nacional de Saúde), participaram cerca de meio milhar de pessoas. Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda, Jorge Gouveia Monteiro, do PCP, e Jaime Ramos, do PSD, foram outros dos intervenientes.

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