Economia

Salários dos trabalhadores fabris da China e de Portugal só divergem em 25 por cento

O salário para quem trabalha nas fábricas chinesas aproximou-se do praticado em Portugal e na Grécia. Os trabalhadores fabris chineses já ganham mais do que os colegas do Brasil e do México.

O desenvolvimento da classe média na China e a eterna crise em Portugal levou a que, segundo as contas do Euromonitor Internacional, a média salarial nas fábricas chinesas esteja agora a apenas 25 por cento da praticada no nosso país.

Os salários na China estão a aproximar-se dos praticados nos países mais pobres da zona euro, com destaque para Portugal e Grécia, e até já superam o de algumas economias de potências regionais, como Brasil e México.

No período de uma década (de 2005 a 2016), os trabalhadores chineses viram o salário aumentar quase três vezes, ganhando agora, em média, 3,40 euros por hora.

A diferença para Portugal, segundo o estudo da Euromonitor Internacional, caiu agora para os 25 por cento. Isto porque a crise ‘comeu’ mais de um euro por hora aos salários dos portugueses.

A média salarial em Portugal caiu dos 5,9 euros por hora (em 2007) para os 4,25 euros por hora (2016).

A ‘menos má’ notícia é que a situação na Grécia foi bem pior, pois o salário agora é metade do que um trabalhador grego ganhava em 2009.

No Brasil e no México, duas das maiores ‘economias médias’ mundiais, os salários dos trabalhadores fabris também estão em queda, sendo agora de 2,5 e 1,98 euros por hora, respetivamente.

De acordo com alguns analistas citados pelo Financial Times, os aumentos salariais na China são ainda uma consequência da adesão à Organização Mundial do Comércio, em 2001.

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