Economia

Salário mínimo “é pouco”, mas “estar no desemprego é muito pior”, diz Rui Rio

O presidente do PSD, Rui Rio, insistiu que a proposta de aumentar o salário mínimo nacional (SMN), ontem feita pelo primeiro-ministro, é demagogia face à crise gerada pela pandemia.

Segundo o líder laranja, a economia portuguesa não consegue suportar o “aumento significativo” anunciado por António Costa.

“O país não precisa que eu faça demagogia, para isso estão cá outros. O que pretendo é defender ao máximo o emprego e os salários. E se vamos para lá das possibilidades que temos, estamos a criar mais falências, mais desemprego e mais infelicidade às pessoas, à custa de uma demagogia na qual não entro”, afirmou Rui Rio, em Faro.

O presidente do PSD esclareceu que não está contra a subida do SMN, frisando que, “tendo em conta o que se passou no país”, a economia não aguenta que essa subida ocorra a breve prazo.

“Viver com 635 euros é pouco, viver com 400, 500 ou estar no desemprego é muito pior”, acrescentou Rui Rio, alertando para a necessidade de se ter “os pés assentes na terra”.

O presidente do PSD lembrou que chegou a defender o aumento do SMN “quando a taxa de desemprego era baixíssima” e a “economia estava a crescer”, o que permitiria que essa subida tivesse um impacto entre “0,5 a um por cento” na taxa de desemprego.

“Outra coisa completamente diferente é termos uma taxa de desemprego muito alta e que está a subir e a economia que levou um tombo como não há numa memória recente. Se, em cima disto, com as empresas que pouco vendem e nem sempre recebem pela crise das outras empresas, estamos a acelerar os custos dessas empresas, é gravíssimo. Não podemos comparar o que não é comparável”, reforçou.

“Criar mais custos às empresas quando elas quase não têm receita não me parece a melhor via”, disse ainda o líder laranja, concluindo que o aumento do SMN iria levar as empresas a fechar “em catadupa”.

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