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Maioria das crianças portuguesas consome sal em excesso

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“A população mais jovem está em grande risco”, avisa a Direção-Geral de Saúde (DGS). Um estudo sobre a alimentação demonstrou que mais de 80 por cento dos adolescentes e mais de 70 por cento das crianças de 8 e 9 anos consomem sal em excesso. “É um problema de saúde pública”, lembram os especialistas.

Pedro Graça, coordenador do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, deixou o alerta, durante a apresentação do relatório ‘Portugal – Alimentação Saudável em Números 2015’: “O consumo de sal é uma guerra que temos de continuar a travar”.

Uma “guerra” que Portugal continua a perder. Apesar de uma melhoria entre 2006 e 2012, a verdade é que o país continua a ter o consumo de sal mais elevado na Europa.

As principais ‘vítimas’ são os mais novos. De acordo com o relatório, mais de 80 por cento dos adolescentes (dos 13 aos 17 anos) e mais de 70 por centos das crianças portuguesas com 8 e 9 anos consomem sal acima dos valores recomendados.

Isto num país em que 40 por cento da população portuguesa tem hipertensão, sendo o consumo de sal na alimentação um dos fatores de risco para as doenças cerebrocardiovasculares.

“Considera-se que a redução de sal é um assunto prioritário e que o excesso de consumo de sal é um importante problema de saúde pública”, defendeu a DGS, no sumário do relatório hoje apresentado: “É por isso necessário definir metas de redução quantificáveis e monitorizáveis ao nível do consumo”.

Com a Organização Mundial da Saúde a recomendar uma redução no consumo entre três a quatro por cento ao ano, de forma a atingir um máximo de sal de cinco gramas per capita até 2025, falta saber como é que se pode reduzir o sal na confeção dos alimentos.

Nesse sentido, o Governo está a debater, com a associação que representa os restaurantes, formas para reduzir o sal na confeção dos alimentos, revelou o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo: “Estamos a aprofundar esse compromisso para que a restauração possa fazer esse caminho e as pessoas se habituarem, nos restaurantes, a comer com menos sal e levar isso para fazerem igual em casa”.

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