Economia

Saída da bolsa de valores ainda não foi confirmada, mas já encareceu a Brisa em 20 por cento

A22A iminente saída da Bolsa de valores levou os títulos da Brisa a subirem mais de 20 por cento, durante a manhã de hoje. Ainda falta a aprovação do regulador, mas o pedido feito pela Tagus foi o suficiente para valorizar a concessionária de autoestradas.

O anúncio de que a Brisa poderá deixar de ser cotada na bolsa de valores foi o suficiente para os títulos dispararem, tendo subido mais de 20 por cento na manhã de hoje. A Tagus, que engloba mais de 90 por cento de capital (une as participações do Grupo José de Mello e da Arcus), avançou com o pedido na sequência da recente oferta pública de aquisição (OPA), aguardando a aprovação da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Se o regulador aprovar, será um auditor independente a fixar o valor a pagar por ação, que agora ronda os 2,33 euros. O dia nem começou bem para os títulos da Brisa, que chegaram a cair até aos 1,90 euros, mas, conforme a informação do pedido de retirada de cotação (formalizado no final da sessão de ontem) ia circulando, os pedidos elevaram a cotação em 21,03 por cento, até aos 2,36 euros.

Só na primeira hora foram transacionadas mais de 953 mil títulos, valor que quase iguala a média diária de 1,1 milhões nos últimos seis meses. Ainda assim, o valor nominal continua abaixo dos 2,76 euros oferecidos pela OPA da Tagus.

Se a CMVM aprovar o pedido da principal acionista, a retirada da bolsa obrigará os pequenos acionistas a venderem a participações, a um valor estabelecido por um auditor independente, permitindo à Tagus deter a totalidade do capital social.

Como está publicado no Código das Sociedades Comerciais, “a sociedade dominante pode tornar-se titular das ações ou quotas pertencentes aos sócios livres da sociedade dependente, se assim o declarar na proposta, estando a aquisição sujeita a registo por depósito e publicação”.

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