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Sai do balcão do McDonald’s para ajudar paraplégico a comer gelado

lawane

Lawane Rodrigues é a nova celebridade da internet. A adolescente de 17 anos saiu detrás do balcão do McDonald’s onde trabalha para ajudar José Avelino, que é paraplégico, a comer um gelado. Um gesto que está a emocionar o mundo através do poder das redes sociais.

Na aldeia global em que vivemos, o gesto de uma funcionário de um McDonald’s no Brasil está a emocionar o mundo inteiro.

Lawane Rodrigues, de 17 anos, foi fotografada a ajudar um paraplégico, num restaurante da conhecida cadeia norte-americana em Uberlândia, no estado de Minas Gerais, e a imagem já foi partilhada por mais de 10 mil pessoas.

A adolescente reparou que José Avelino, de 49 anos, estava com dificuldades em segurar o gelado.

Apesar de estar a trabalhar, Lawane Rodrigues saiu detrás do balcão para ir ajudar o homem, que é paraplégico e estava numa cadeira de rodas.

O gesto solidário da adolescente emocionou um outro cliente, que registou o momento e esperou para lhe dar um abraço.

Lawane, que trabalha há cinco meses naquele restaurante, não contava com tanto mediatismo e ficou envergonhada quando teve de descrever o momento para o portal UOL.

“Não pensei que pudesse gerar tantos comentários. Na hora senti vontade e ajudei de coração. Eu percebi que ele estava com dificuldades e fui até lá ajudá-lo. Não vi que tinha sido fotografada, mas logo depois o rapaz que fez a foto contou-me, abraçou-me e deu-me os parabéns pela atitude”, resumiu.

Foi Thiago Ferreira, professor e músico, quem registou a fotografia e a partilhou nas redes sociais: “Eu continuei a andar porque fiquei constrangido de ficar a olhar, mas depois voltei para trás e fiquei admirando a atitude da funcionária. Só pensei em tirar o telefone do bolso e fazer a foto para servir de exemplo para os meus alunos”.

“A minha intenção era que o gesto dela fosse reconhecido pelas pessoas”, complementou: “Não imaginava que a foto seria compartilhada tantas vezes. Naquele mesmo dia eu elogiei a Lawane pela atitude, foi muito bonita”.

No coração da adolescente estava a memória do avô que não chegou a conhecer, que ficou paraplégico após sofrer um derrame.

“Eu não o conheci, mas a minha mãe está sempre a falar dele e das dificuldades que tinha em se mover. Pensei muito nele e nas pessoas que passam por isso todos os dias”, admitiu a nova heroína das redes sociais.

Quanto a José Avelino, aproveitou a viralidade do caso para agradecer à adolescente.

“Eu costumo a passear pelo shopping sozinho. Comprei o gelado e ela viu que eu estava com dificuldade e ofereceu-se para ajudar. Fiquei muito feliz, foi muito bom para mim”, reconheceu o homem, explicando que ficou com os movimentos motores comprometidos depois de ficar sem oxigénio no cérebro no momento do parto.

“Este é um bom exemplo a ser seguido para que todos ajudem de alguma forma as pessoas com limitações”, acrescentou Maria Pereira, fundadora da Associação Comunitária de Apoio à Pessoa Deficiente, a instituição que José Avelino frequenta.

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