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‘Safety Check’: Facebook testa verificação de segurança com Paris e é alvo de críticas

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Foi com os ataques em Paris que o Facebook estreou o ‘Safety Check’, uma ferramenta para as pessoas marcaram se estão seguras em caso de desastres ou atentados. Mas, como a verificação de segurança não foi ativada em ataques anteriores, já chovem críticas à rede social.

Na noite de sexta, dia 13, vários utilizadores do Facebook com amigos em Paris viram que estes foram marcados como ‘seguros’, enquanto o horror ia decorrendo em vários locais da cidade.

Foi a estreia do ‘Safety Check’, uma ferramenta desenvolvida para tranquilizar os amigos dos utilizadores em casos de desastre natural e que, na sexta-feira, foi usada pela primeira vez num incidente de ‘origem’ humana.

Até então, as cinco vezes em que a ferramenta (lançada no ano passado) foi ativada tiveram origem em desastres naturais.

Ao longo da noite mais longa de Paris, mais de quatro milhões de pessoas usaram o ‘Safety Check’, que permite a um utilizador que se encontra no local do incidente marcar-se como “seguro”, “inseguro” ou como não estando no local.

Ontem, relatou a CNN, o Facebook foi criticado por não ter permitido usar o ‘Safety Check’ mais cedo, nomeadamente durante outros atentados, que ocorreram em locais menos cosmopolitas do que Paris.

Basta lembrar que, na véspera (dia 12), um atentado em Beirute (Líbano) tinha provocado pelo menos 44 mortos (hoje, o balanço dos atentados em Paris aponta para 129 mortos).

“Há muitos outros conflitos importantes no mundo”, reconheceu Mark Zuckerberg, presidente executivo do Facebook.

Porquê, então, usar o ‘Safety Check’ durante os ataques em Paris?

“Até ontem [13 de novembro], a nossa política era de apenas ativar a verificação de segurança em casos de desastres naturais”, lembrou o fundador da rede social: “Apenas mudámos essa política e agora pretendemos activar a verificação de segurança para tragédias mais humanas”.

“Tem de haver uma primeira vez para se utilizar algo novo, mesmo em situações complexas e sensíveis, e para nós aconteceu em Paris”, acrescentou o vice-presidente da empresa, Alex Schultz: “Decidimos ativar a verificação de segurança em Paris porque observámos muita atividade no Facebook enquanto a situação se desenrolava”.

Segundo o próprio Facebook, as notificações do ‘Safety Check’ chegaram a 360 milhões de utilizadores só na noite dos ataques.

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