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Sabe quantas horas estivemos a discutir sondagens durante a campanha?

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Está farto de sondagens? A campanha para as Legislativas dedicou mais tempo a estes estudos do que às propostas dos partidos. Um estudo da Cision permite perceber o fenómeno.

Nos últimos 10 dias, as rádios e televisões portuguesas passaram, aproximadamente, 32 horas a falar sobre o tema “sondagens”.

A multiplicação de sondagens tem marcado a campanha eleitoral e pautado a agenda mediática dos órgãos de comunicação social portugueses, durante a corrida para as Legislativas 2015.

Com o dia de eleições marcado para o próximo domingo, 4 de outubro, a Cision procurou saber qual o espaço editorial, e o tempo de antena ocupado, pelo tema “sondagens”, no total de notícias divulgadas sobre as legislativas 2015, nos meios de informação portugueses – rádio, televisão, media online e imprensa nacional.

Os resultados do estudo da Cision são reveladores e parecem de alguma forma demonstrar que, de facto, o país parece ter parado para ouvir, ver, e ler sobre estas eleições.

Em apenas 10 dias, entre 20 e 30 de setembro, foram produzidos 11 137 conteúdos noticiosos registados sobre as eleições Legislativas. Destes, 1625 eram análises às sondagens.

Ou seja, neste período, cerca de 15 por cento do total de conteúdos produzidos pelos meios de comunicação social relativos às eleições legislativas portuguesas foi precisamente sobre sondagens.

Relativamente ao tempo de antena total de rádio e televisão dedicado às eleições legislativas portuguesas de 2015 foi, nestes 10 dias, de 452 horas. Destas, 32 horas foram precisamente a falar sobre sondagens: a análise às mesmas, os debates sobre a proliferação de resultados diários, as previsões, as percentagens, os rankings e as tracking pools – assuntos e termos que têm marcado esta campanha eleitoral.

O objeto de análise deste estudo realizado pela Cision – empresa líder global em serviços e software de pesquisa, monitorização e análise de media – são todas as notícias sobre as eleições legislativas portuguesas 2015, veiculadas no espaço editorial português, em mais de 2000 meios de comunicação social.

Este estudo foi realizado entre os dias 20 e 30 de setembro de 2015.

Não menos curioso é o facto de essas sondagens apresentarem dados inexplicáveis, contraditórios e muitas vezes confusos. O melhor exemplo de um caso confuso é a sondagem que apresenta uma percentagem de distribuição de votos superior a 111 por cento.

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