A notícia fora avançada pelo Financial Times, há dias: a Ryanair tinha acabado de aprovar um plano para se transformar numa companhia transatlântica, o que permitiria à companhia aérea irlandesa voar entre a Europa e os Estados Unidos.
A decisão resultava do cumprimento de uma ‘promessa’ de Michael O’Leary, CEO da Ryanair, que há anos falava na transformação da companhia low-cost numa das grandes operadoras de longo curso.
Segundo o Financial Times, o plano (que seria implementado nos próximos cinco anos) estava apenas dependente da capacidade das grandes empresas que fabricam aviões em fornecerem aeronaves para a Ryanair.
Depois de cumpridas estas ‘formalidades’ – com a Airbus, ou com a Boeing, provavelmente – a ligação entre cidades europeias e norte-americanas a baixo preço seria uma realidade.
E voar de ou para Chicago, Nova Iorque ou Boston, por exemplo, poderia custar 14 euros, o mesmo preço que um norte-americano pagaria se quisesse voar para a Europa.
A notícia espalhou-se pela comunicação social e (depois do alarido) gerou um desmentido, em forma de comunicado.
“O conselho de administração da Ryanair vem clarificar que não analisou ou aprovou qualquer projeto transatlântico e não tem intenções de fazê-lo”, realça a nota, citada pelo Público.
O Financial Times contactou Michael O’Leary e confrontou-o com estas informações contraditórias. O CEO da Ryanair assume uma “falha de comunicação”. Ou, por outras palavras, a Ryanair “fez merda”.
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