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Rutura do medicamento para cancro da bexiga começou a ser resolvida

Chegaram ontem ao mercado os medicamentos para o cancro da bexiga, que estavam em rutura desde 9 de junho. Numa nota enviada ao JN, o Infarmed justificou o atraso com “atrasos na libertação de lotes na fábrica, devido ao aumento da escala de produção”.

Nem todos os doentes com cancro da bexiga estão a ter acesso ao fármaco BCG-Medac, feito à base do bacilo de Calmette-Guérin, desde 9 de junho. A rutura no abastecimento já tinha sido reconhecida pelo Infarmed, que previra a reposição da normalidade a partir de 20 de outubro.

Porém, só ontem é que os lotes do fármaco voltaram a estar disponíveis nos hospitais, onde são administrados aos doentes oncológicos em sessões de terapia intravesical.

Numa resposta por escrito ao Jornal de Notícias, o Infarmed admitiu que o titular de autorização de introdução no mercado não cumpriu o prazo de abastecimento (20 de outubro), o que terá justificado com os “atrasos” na produção.

“A situação foi motivada por atrasos na libertação de lotes na fábrica, devido ao aumento da escala de produção”, avançou o Infarmed, citado pelo JN, acrescentando que têm sido concedidas “autorizações especiais para medicamentos provenientes de outros países, quando requeridas pelos hospitais”.

Porém, diz o diário, poucos são os hospitais a recorrer a esta solução. É o caso do Hospital de S. João, onde o urologista Miguel Magalhães tem prescrito mitomicina aos doentes afectados pela ruptura do BCG, informando os pacientes de que esta alternativa é menos eficaz.

O fármaco, comercializado pela empresa alemã Medac, previne o reaparecimento de tumores. Com a rutura do abastecimento, há doentes que ficam sem acesso à terapia, quer nos hospitais públicos, quer nas unidades privadas.

Um paciente do Hospital de Santo António testemunhou ao JN que falhou três dos quatro tratamentos mensais: só foi ao único em que o fármaco esteve disponível, apesar das lacunas no abastecimento já nessa altura.

Citado pela TVI24, o Infarmed garantiu, ontem, que “a primeira libertação de unidades para o mercado português aconteceu ontem, dia 19 de novembro [anteontem], tendo ficado disponíveis para o mercado esta manhã”

“As restantes unidades esperadas serão entregues em Portugal no próximo dia 24 ou 25 de Novembro. O titular da AIM irá abastecer os hospitais com um total de 518 unidades, de dois lotes diferentes, no espaço de uma semana. Tal como foi acordado previamente com o Infarmed e com os SPMS, o titular da AIM irá fornecer todos os hospitais, tal como refere o histórico de vendas do primeiro semestre de 2014”, acrescentou o regulador.

Vítor Veloso, secretário-geral da Liga Portuguesa Contra o Cancro, resumiu para a estação de Queluz a “preocupação muito grande” que os doentes com cancro da bexiga sentem: “Não é a primeira vez que acontece e se fossem tomadas precauções, atempadamente, estas situações não aconteceriam”.

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