O ‘Arctic Sunrise’ já navega a caminho de Amesterdão, na Holanda. O navio mais emblemático da Greenpeace foi apresado pela Rússia em setembro, após uma acção de protesto numa plataforma petrolífera. Ontem, a tripulação foi autorizada a deixar o porto de Murmansk.
Libertado, mas não inocentado: o ‘Arctic Sunrise’ continua acusado de pirataria e vandalismo, mas foi autorizado, ontem à noite, a deixar o porto de Murmansk, estando agora a caminho de Amesterdão, na Holanda.
O caso remonta a setembro de 2013, quando o navio mais emblemático da organização ambientalistas Greenpeace foi apresado pela Rússia no ártico, após uma ação de protesto junto a uma plataforma petrolífera, propriedade da gigante russa Gazprom.
“Esta noite, após uma inspeção efetuada pelos serviços alfandegários, o ‘Arctic Sunrise’ foi autorizado a deixar Murmansk”, revelou a Greenpeace, em comunicado.
O navio deixou o porto russo e navega agora a caminho da Holanda, refere a mesma nota: “dentro de dez dias, vai chegar ao porto de Amesterdão, onde decorrerá uma cerimónia solene com a tripulação que foi detida em Murmansk”.
A tripulação continua acusada de pirataria e vandalismo. Os militantes ecologistas chegaram a estar presos, mas foram libertados em novembro, sob caução.
O navio, com pavilhão holandês, ficou apresado até 6 de junho, segundo as autoridades russas, tendo sido autorizado a “uma inspeção e reparação completas”.
“O caso sobre a ação na plataforma da Gazprom ainda não terminou”, adiantou a Greenpeace: “o inquérito foi prolongado até 24 de setembro”.
As autoridades deram a entender que o caso vai terminar por aqui. O responsável da organização na Rússia, Vladimir Chuprov, destacou as ações adotadas pela Gazprom e pelo próprio Governo russo após a mediática detenção do ‘Arctic Sunrise’.
“Chamou a atenção do mundo para os riscos ligados à exploração petrolífera no Ártico. Todos estes progressos ocorreram depois”, salientou Chuprov, em comunicado.