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Rui Rio: “Temos uma comunicação social a quem tudo é permitido”

rui rioO relacionamento agreste entre Rui Rio e alguma imprensa já era conhecido. Mas o presidente da Câmara Municipal do Porto quis vincar as divergências com a comunicação social, sugerindo novas leis e vigilância apertada, até porque, diz, “temos uma comunicação social a quem praticamente tudo é permitido”.

Rui Rio, presidente da Câmara Municipal do Porto, participava numa conferência, em Lisboa, levada a cabo pela International Club of Portugal. Numa intervenção, abordou a comunicação social e a sua relação com o poder político. Para o autarca portuense, existem abusos nos meios de comunicação social, que devem ser corrigidos, com novas leis ou mudanças de regras.

“Não é possível continuar num regime democrático com a comunicação social, sem ter balizas para a sua atuação”, defende Rui Rio, porque, considera, “dizer às pessoas lá fora que na política são todos aldrabões, todos vigaristas e todos corruptos é defender exatamente os corruptos e aqueles que para lá vão nessas circunstâncias”.

Para Rui Rio, é necessário que os políticos sejam respeitados, no sentido de protegê-los de uma comunicação social que não tem limites, sob pena de os bons políticos se afastarem de cargos públicos. “As pessoas sérias afastam-se de locais onde só há bandidos e corruptos”, alega Rui Rio.

Assim, o autarca do Porto propõe “balizas” para a imprensa, com legislação e regras que apertem o cerco aos media, aumentando a responsabilização pela atuação de televisões, jornais, rádios e órgãos de plataformas online.

“O que se está a fazer é um crime contra a Democracia. Não é aceitável. Estamos a afundar cada vez mais o regime e este problema é fácil de resolver. Só tem de ser ajustado do ponto de vista legal”, realçou o autarca.

Rui Rio considera que os tribunais, as leis e mesmo os órgãos que regulam a comunicação social não serão suficientes. Acresce que existe um código deontológico para os jornalistas. Mesmo assim, Rio pretende limitar a intervenção dos jornalistas que considera incorrerem em práticas lesivas para o poder político.

Este é mais um episódio do mau relacionamento entre Rui Rio e alguns jornalistas, sobretudo de jornais do Porto.

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