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Rui Rio: “Já fiz na política muita coisa e posso perfeitamente ir para a vida privada normal”

rui rioO presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, defendeu ontem ser “natural” que, atingido o limite de três mandatos, regresse à “vida privada normal” enquanto economista: “a própria forma como eu fiz a gestão da Câmara tem uma componente de presidente do conselho de administração”.

O presidente do conselho de administração: Rui Rio? A hipótese é encarada como “natural” pelo próprio político, que nas autárquicas do próximo ano atinge a limitação de mandatos enquanto presidente da Câmara do Porto. “Eu acho que já fiz na política muita coisa e posso perfeitamente ir para a vida privada normal, desde que tenha boas oportunidades, que é aquilo que desejo”, salientou.

Aproveitando a inauguração da estátua “Amor de Perdição”, Rui Rio admitiu que, terminado o terceiro mandato à frente da autarquia portuense, o cenário mais provável é um afastamento da vida política ativa, embora saliente não ter tomado qualquer decisão: “não sei exatamente se é isso que vou fazer, mas acho que é isso que é natural que venha a acontecer e é para isso que me estou a preparar”.

O “lógico”, acrescentou, será regressar à profissão de economista, a qual alegou nunca ter deixado: “a própria forma como eu fiz a gestão da câmara do Porto tem uma componente política e tem uma componente de presidente do conselho de administração desta grande empresa. Eu não deixei nunca de exercer a profissão. O mais lógico, o mais natural, o mais óbvio é que aconteça isso”.

A saída de Rui Rio ocorre num momento crítico dentro do PSD no concelho do Porto. É público que o autarca não concorda com a escolha do rival Luís Filipe Menezes como candidato em 2013 e que, tal como Manuela Ferreira Leite (de quem foi vice-presidente no partido), é uma das vozes mais críticas da atual liderança, em especial no que concerne à reforma autárquica idealizada por Miguel Relvas.

“Qualquer corte que seja feito num orçamento municipal não tem qualquer efeito no orçamento nacional do Estado”, criticara Rui Rio, ainda no mês de março deste ano.

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