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Rui Rio: “Há dois culpados da crise e são de partidos diferentes”

rui_rioO presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, teceu uma crítica implícita a um primeiro-ministro do PSD. “Não há um culpado pela crise. Há dois responsáveis. E não são do mesmo partido”, referiu o autarca, depois de uma conferência sobre ‘Política e Economia: ideias para enfrentar a crise’. E de quem falava Rio?…

Rui Rio não citou nomes, mas a sua frase indicia que não é apenas o Partido Socialista o culpado da crise que o País atravessa, apesar de ter liderado os destinos da governação nos últimos mandatos e de ser a força partidária com mais anos de poder.

A situação grave que Portugal enfrenta tem, na opinião do edil, “dois responsáveis”, sendo que “não pertenceram ao governo anterior” e estiveram no poder antes. “Estão lá mais para trás…”, disse o autarca, sem citar nomes.

O líder da Câmara do Porto abordava a questão da responsabilidade judicial dos políticos, cujas decisões governativas possam ter sido lesivas. Mas Rui Rio considera que será “muito difícil” que uma medida desse género avançasse. “Só se fosse provado que houve dolo, em situações objetivas”, sustentou.

As críticas diretas a Passos Coelho resultam na forma como desenhou o elenco governativo, criando dois ministérios, da Agricultura e da Economia, que “são ingovernáveis”, a menos que exista “um super-homem”. Estes ministérios “têm novamente de ser divididos em dois”, alegou.

Mas da boca de Rio também saíram elogios, para o ministro da Economia, que “está a ser atacado injustamente”, porque “é uma pessoa muito capaz” e não tem culpa de estar num ministério de “governação impossível”.

O autarca lançou esta crítica no dia em que discutiu ‘Política e Economia: ideias para enfrentar a crise’, conferência integrada no projeto ‘Porto de Desafios’ e nas celebrações dos 125 anos do ISCAP – Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto.

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