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Rui Pinto chamado pelo PAN à comissão de inquérito sobre o Novo Banco

O hacker Rui Pinto, que está a ser julgado no processo Football Leaks, é um dos nomes que o PAN quer ouvir na comissão parlamentar de inquérito sobre o Novo Banco.

Na lista entregue a Fernando Negrão (PSD), que preside à comissão, constam também dois ministros das Finanças, Mário Centeno e Maria Luís Albuquerque.

“Porque entendemos que é importante que as responsabilidades políticas também estejam sob a análise desta Comissão de Inquérito, chamámos para audição os responsáveis políticos pela resolução, pela venda e pelas injeções de dinheiros públicos no Novo Banco”, explicou André Silva, o porta-voz do partido.

No caso de Rui Pinto, o PAN pretende que o hacker esclareça as perdas que o Banco Espirito Santo (BES), do qual surgiu o Novo Banco, registou através do BES Angola.

Recorde-se que o hacker foi um dos denunciantes do caso Luanda Leaks, com as principais suspeitas a recairem em Isabel dos Santos, a filha do ex-Presidente de Angola.

Ao chamar Rui Pinto, o PAN pretende que o hacker “apresente os documentos que afirma comprovarem um desvio de 600 milhões de euros através da criação de empresas meramente instrumentais, depósitos fictícios, e transferências bancárias para ‘offshores’ como as Ilhas Virgens Britânicas e as Seychelles”.

Carlos Costa, ex-governador do Banco de Portugal, António Ramalho, presidente do Conselho de Administração Executivo do Novo Banco, e Luís Máximo dos Santos, presidente do Fundo de Resolução, Luís Máximo dos Santos, também constam entre as 32 entidades que o PAN quer ouvir na comissão de inquérito.

“Pretendemos com estes pedidos procurar esclarecer tudo aquilo que neste momento não é claro quanto à gestão do Novo Banco. Exemplo disso são as ligações de caráter duvidoso no âmbito do processo das vendas a preço de saldo dos ativos dos projetos Viriato e Sertorius e da seguradora GNB Vida”, complementou André Silva.

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