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Rui Moreira crê que Infarmed estará no Porto em janeiro de 2019

O presidente da Câmara Municipal do Porto, o independente Rui Moreira, disse hoje que o Porto quer o Infarmed e que, a partir de 01 de janeiro de 2019, o instituto deve estar sediado na cidade.

“O Porto não estava especialmente interessado em ter na cidade uma placa, como sede do Infarmed. O Porto quer o Infarmed, admitindo que em Lisboa fique uma delegação. Por isso, quando falamos da localização do instituto no Porto, estamos a falar de estarem no Porto as suas principais competências e valências”, afirmou durante uma conferência de imprensa, nos Paços do Concelho.

A deslocalização do Infarmed para o Porto pode melhorar o funcionamento do instituto ao nível da produtividade, segundo o relatório do grupo de trabalho criado para avaliar o impacto da mudança, que adianta ainda estratégias para proteger recursos humanos.

De acordo com o relatório do grupo de trabalho criado pelo Ministério da Saúde para avaliar o impacto da mudança do Infarmed de Lisboa para o Porto, hoje divulgado pelo Jornal de Notícias, a deslocalização “trará maior produtividade e eficiência, nomeadamente com a construção de instalações mais adequadas do que as atuais, no Parque de Saúde, em Lisboa”.

“É um investimento de cerca de 17 milhões de euros, mas que, ao fim de 15 anos, poderá gerar uma poupança de 8,4 milhões”, é referido no documento, que já foi entregue ao Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

“Agora que sabemos que o relatório está fechado e entregue ao senhor ministro, resta-nos esperar que, não havendo nada tecnicamente que impeça que o Infarmed se localize no Porto e, sendo essa a decisão política do Governo, seja estabelecido um calendário que, o mais rapidamente possível, permita que tal aconteça”, referiu o autarca.

Rui Moreira salientou que esse calendário começa a 01 de janeiro de 2019, data em que o Infarmed deve estar sediado no Porto e a partir do qual, rapidamente, os seus principais serviços devem deslocar-se para o Porto.

“Defendemos isso porque, como autarcas do Porto, nos compete defender a cidade. Os que pensaram que abdicaríamos dessa posição política de princípio a que estamos obrigados por mandato enganaram-se”, frisou.

Além disso, o autarca reforçou que o relatório do grupo de trabalho vem agora confirmar que o Infarmed está melhor no Porto do que em Lisboa, acrescentando que, estando melhor no Norte, isso é melhor para o país e, sendo melhor para o país, também é melhor para a capital.

Contudo, a comissão de trabalhadores do Infarmed alertou para o perigo de a transferência da agência para o Porto pôr em causa a missão daquele organismo.

Em comunicado, a comissão sublinha que o relatório identifica “claramente que a saída dos atuais trabalhadores põe em causa o cumprimento da missão do Infarmed, e essa missão é garantir aos portugueses o acesso a medicamentos, dispositivos médicos e cosméticos seguros, eficazes e de qualidade”.

Questionado sobre esta posição dos trabalhadores, o independente sublinhou que não faltam muitos funcionários públicos que são do Porto e que, por várias razões, também eles têm de ir para Lisboa, bastando ir à estação da Campanhã à segunda-feira de manhã para perceber quantos têm de ir para lá trabalhar.

“Se esses não quiserem, outros quererão”, entendeu, lembrando que os funcionários do Infarmed não tem o seu emprego na função pública em risco.

Já sobre se recebeu o relatório, o independente adiantou que não, tendo sabido dele pela Comunicação Social.

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