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“Rua em nome de Marielle Franco? Não há nenhum polícia morto para se homenagear?”

André Ventura critica a decisão da Câmara Municipal de Lisboa em homenagear a ativista brasileira Marielle Franco, assassinada a 14 de março do ano passado, com o nome de uma rua na capital. O líder do partido Chega contrapõe e questiona se “não há nenhum polícia morto para se homenagear?”.

A Câmara Municipal de Lisboa aprovou por unanimidade, em reunião, a decisão de homenagear Marielle Franco com o nome de uma rua na capital, depois de analisada a proposta do vereador Manuel Grilo (Bloco de Esquerda e o responsável pelos pelouros da Educação e dos Direitos Sociais).

Ao ter conhecimento da decisão, André Ventura, líder do partido Chega, questiona se não há outras pessoas que merecessem a mesma homenagem.

“Soubemos ontem que a Câmara Municipal de Lisboa se prepara para homenagear a ativista brasileira Marielle Franco, assassinada no Rio de Janeiro em 2018. Não é o trabalho nem a orientação política de Marielle, nem o facto de ser brasileira, que me choca nisto. É o facto de termos tanta gente para homenagear, tantos polícias mortos em serviço por bandidos e traficantes de droga, tantos polícias que se suicidam com a arma de serviço e ninguém quer saber… Não poderia ser nenhum destes o homenageado?”, questiona, em declarações ao PT Jornal.

“Finalmente, quantos polícias mortos já a Câmara Municipal de Lisboa já recusou homenagear com o nome de ruas? Serão menos do que a ativista Marielle Franco? Eu, pessoalmente, preferia viver numa rua que homenageasse um GNR ou PSP morto em serviço da nossa segurança do que uma qualquer ativista cujo trabalho e resultados nada dizem aos portugueses”, acrescentou.

A decisão, contudo, está agora ao encargo da Comissão Municipal de Toponímia, que vai apreciar a proposta e propor qual a rua que se passará a chamar “Marielle Franco”.

Marielle Franco, recorde-se, foi assassinada a 14 de março do ano passado, no Rio de Janeiro, no Brasil, quando seguia no seu carro depois de ter participado num debate organizado pelo Partido Socialista e Liberdade com ativistas negras.

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