Depois de o Governo Regional da Madeira, liderado por João Jardim, ter anunciado que vai deter 49 por cento da empresa de televisão e rádio da região, José Manuel Rodrigues, líder do CDS na Madeira, afirmou ao Público que “o CDS-PP e o seu presidente opor-se-ão à regionalização da RTP”.
Após o anúncio, por parte do Governo Regional da Madeira, de que a nova empresa de televisão na região autónoma será detida pelo executivo de João Jardim, em 49 por cento, surgiu a reação do CDS-PP local.
Em declarações ao Público, o líder centrista na Madeira, José Manuel Rodrigues, garante que o partido votará contra – localmente e com o apoio do presidente do Partido, Paulo Portas – vetando o que considera ser uma “governamentalização” do serviço público de televisão e rádio na região autónoma.
“O CDS-PP e o seu presidente opor-se-ão à regionalização da RTP”, afirma àquele jornal José Manuel Rodrigues, garantindo que o CDS apresentará a “mesma determinação” com que Paulo Portas, ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, “vetou a privatização do serviço público de rádio e televisão a nível nacional”.
Esta reação dos centristas surge após Alberto João Jardim ter revelado, na passada quinta-feira, que existe um acordo entre o Governo Regional da Madeira e o Governo de Passos Coelho para uma “partilha de responsabilidades”, no que diz respeito à gestão da RTP.
Nesse anúncio, Alberto João Jardim adiantou que o Governo Regional deterá 49 por cento da nova empresa, assegurando ainda que “a RTP-Madeira não é para fechar”, além de que a RDP terá de ser alvo de um esclarecimento, para não ser um “panfleto político”.
No entanto, o CDS não concorda com esta medida, quer em termos locais quer a nível nacional, temendo que o canal regional da RTP se transforme numa ferramenta política e perca a isenção. Também o Bloco de Esquerda se opõe.