A RTP volta a apostar na ‘Praça da Alegria’, agora denominada ‘A Praça’. É o regresso do “serviço público” ao canal do Estado, segundo Jorge Gabriel. “Éum peso, mas não é um fardo”, explicou o apresentador que vai dividir tarefas com a equipa habitual, Sónia Araújo e Hélder Reis.

Jorge Gabriel, Sónia Araújo e Hélder Reis voltam a apresentar o ‘Praça da Alegria’, um marco da RTP. Mas, por vários motivos, o programa vai chamar-se agora ‘A Praça’.

“Há muita gente no Centro de Produção do Norte com valia para fazer este programa e outros e que a RTP entendeu que estava na altura de lhes voltar a atribuir uma série de responsabilidades e oportunidades que eles são capazes de cumprir”, adiantou Jorge Gabriel, numa entrevista ao Diário de Notícias.

“Isto é para toda uma estrutura que está montada e que é património da RTP. Não se reconstruiu algo que deixou de ter, mas manteve tudo isto e aproveitou-os agora do melhor modo: meteu-os a funcionar”, complementou o apresentador, que, tal como Sónia Araújo e Hélder Reis, retorna ao programa que em 2013 passou para Lisboa.

Jorge Gabriel frisou ainda que “não há prestação de serviço público sem serviço e sem público”, assumindo que ‘A Praça’ terá de voltar a conquistar o público depois de ter ‘cedido’ o lugar na grelha ao ‘Agora Nós’ (que passou para a tarde): “O serviço público da RTP é um peso mas não é um fardo e quanto mais pessoas o conhecerem, melhor”.

Ao trio que marcou uma época dourada na ‘Praça da Alegria’ junta-se ainda Catarina Camacho, “a repórter de Lisboa para o sul”, como foi apresentada durante o anúncio do regresso de ‘A Praça’.

“Apesar de ter pedido a ‘Alegria’ do nome, vai continuar a ser muito alegre, com muita energia positiva, tentando sempre mostrar o lado positivo da vida”, acrescentou Sónia Araújo: “Vamos ter rubricas que as pessoas gostam de ver, ou seja, vamos estar do lado do público”.

“Sinto muita motivação e nervosismo, pois temos toda a gente a olhar para nós. Isto agora é ‘A Praça’ e vamos reinventar, aproximar-nos das pessoas de outra forma”, reforçou Hélder Reis.

O programa das manhãs é apenas o ‘ponta de lança’ da RTP na nova táctica de descentralizar a produção e apostar com intensidade no Centro de Produção do Norte.

“Autonomizamos o Centro de Produção do Norte da RTP, que agora reporta diretamente à administração da empresa. Temos feito um esforço enorme por retomar a produção interna da RTP, usando as nossas competências, as nossas pessoas, os nossos estúdios. E temos noção que a RTP tem um papel relevante – não só em termos de emissão e de produção de conteúdos – também na dinamização dos centros regionais e, portanto, o Centro de Produção do Norte é uma aposta estrutural desde o início”, afirmou o presidente da RTP, Gonçalo Reis.