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Rover chinês já circula no lado oculto da Lua

O veículo que a China enviou para o lado oculto da Lua na nave que pousou na quinta-feira já saiu da rampa do módulo e está a mover-se na superfície lunar.

Segundo a agência de notícias AP, o Rover Jade Rabbit 2 iniciou o passeio pela superfície na noite de quinta-feira, cerca de 12 horas após uma nave chinesa ter pousado pela primeira vez no “lado escuro” da Lua, aquele que nunca é visto da Terra. A saída do Rover foi confirmada com uma fotografia divulgada pela Agência Espacial Chinesa.

O Jade Rabbit 2 tem seis rodas, todas com potência para que possa continuar a operar mesmo que uma delas falhe. Pode subir uma colina de 20 graus ou obstáculos de até 20 centímetros de altura. A velocidade máxima é de 200 metros por hora.

“É um pequeno passo para o Rover, mas um passo gigante para a nação chinesa”, disse Wu Weiren, responsável do projeto, citado pela emissora estatal CCTV. “Este passo de gigante é decisivo para a nossa exploração do espaço e conquista do universo”, acrescentou.

Explorar o cosmos do lado oposto da Lua poderá eventualmente ajudar os cientistas a perceber melhor os primeiros dias do sistema solar e até mesmo o nascimento das primeiras estrelas.

O lado oculto da Lua é muitas vezes chamado de “lado escuro” por ser relativamente desconhecido, mas não porque não receba luz solar. Os Estados Unidos, a antiga União Soviética e a China enviaram naves espaciais para o lado da Lua virado para a Terra, mas a China foi o primeiro país a enviar uma sonda para o lado mais distante.

Os cientistas chamam precisamente o lado mais distante ao lado comummente chamado de “escuro”, ou “negro”, porque na verdade quando da Terra se vê a Lua Nova o Sol está a brilhar do outro lado, o lado que nunca se vê a partir da Terra.

“O outro lado vê o sol por vezes. O outro lado não é negro, é apenas longe”, disse o astrónomo Avi Loeb, acrescentando que falar do lado escuro da Lua “é um erro”.

O mito de que a Lua tem um lado sempre escuro surgiu de um programa de televisão em 1955 e foi popularizado com o álbum “The Dark Side of the Moon”, do grupo musical Pink Floyd.

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